Um levantamento divulgado pela Procuradoria da República no Paraná mostra que, na Operação Lava Jato, 22 réus seguem presos preventivamente, o que representa 8% do total de acusados formalmente em primeira instância
Após quase três anos e 37 fases foram denunciados 260 pessoas acusadas de participação em crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude ao sistema financeiro e organização criminosa. Além disso, a 13ª Vara Federal de Curitiba decretou 79 prisões preventivas das quais muitas delas foram revogadas por não serem mais necessárias.
“Este dado comprova que as prisões antes da condenação dentro da investigação estão sendo utilizadas de forma excepcional e refuta acusações de uso excessivo destas medidas. Ao contrário do que constantemente é alegado para atacar a investigação e as autoridades que atuam no caso, o emprego de prisões preventivas tem sido parcimonioso, ainda mais quando se toma em conta que se trata do maior caso de corrupção da história brasileira. Cada prisão esteve justificada na necessidade de encerrar o ciclo da corrupção e lavagem ou em outros fatores legalmente previstos”, diz trecho da nota. 
Segundo a Procuradoria, entre os 260 réus que respondem a processos que tramitam na 13ª Vara Federal de Curitiba, nove seguem presos sem um julgamento condenatório, o que representa 3,4%. No mês de fevereiro de 2016, este percentual era de 2,7% - 5 presos preventivamente sem condenação entre 179 denunciados. Em setembro de 2016, era de 3,3% - 8 presos preventivamente sem um julgamento condenatório entre 239 denunciados.
Entre as 22 pessoas que continuam presas preventivamente no âmbito da Lava Jato, 13 já foram condenados na primeira instância a um total de penas que somam 274 anos, 7 meses e 10 dias. Em fevereiro de 2016 este percentual era de 66%, sendo 10 presos com sentença e 5 sem condenação. No mês de setembro do ano passado, a porcentagem passou para 61% com 13 presos sentenciados e oito sem sentença.
A procuradoria ainda afirmou que a grande maioria das decisões tomadas em primeira instância, incluindo os pedidos de prisões preventivas, vêm sendo confirmadas pelos tribunais superiores.
Segundo levantamento feito pela força-tarefa Lava Jato em Curitiba, de 512 habeas corpus (HCs) e recursos em habeas corpus (RHCs) impetrados nos tribunais superiores, 4,2% deram razão à defesa.
Entre os 512 recursos, 267 foram apresentados junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), 185 perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e 60 no Supremo Tribunal Federal (STF). Desse total, 423 já foram rejeitados, o que representa 82,6%. Dos 89 recursos que não foram rejeitados, 67 seguem em trâmite (75,2%), 15 foram concedidos parcialmente (16,8%) e sete foram concedidos (7,8%).
Réus que seguem presos preventivamente:
Com condenação
Adir Assad 
André Luiz Ilário Vargas 
João Cláudio Genu 
João Luiz Argôlo 
João Vaccari Neto 
Jorge Afonso Argello 
Jorge Luiz Zelada 
José Adelmário Pinheiro Filho 
José Augusto Rezende Henriques 
José Dirceu 
Marcelo Bahia Odebrecht 
Pedro Corrêa 
Renato Duque
Sem condenação
Antônio Palocci Filho 
Carlos Emanuel de Carvalho Miranda 
Eduardo Aparecido Meira 
Eduardo Cunha 
Flávio Macedo 
Paulo Adalberto Alves Ferreira 
Rodrigo Tacla Duran 
Sérgio Cabral 
Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho
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Jail Corridor And Cells

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JOTA

Segundo Procuradoria da República do Paraná, uso de prisão preventiva na Lava Jato é excepcional

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