Eduardo Leite (PSDB) deixou o governo do Rio Grande do Sul e transmitiu o cargo ao vice e também tucano, Ranolfo Vieira Júnior. A renúncia de Leite ocorreu no mesmo dia em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou sua saída do comando do estado para concorrer à Presidência da República.
Leite foi derrotado por Doria nas prévias do PSDB que definiu quem seria o candidato dos tucanos ao Palácio do Planalto nas eleições de 2022. O gaúcho chegou a flertar com o PSD, de Gilberto Kassab, mas, por fim, decidiu permanecer onde estava. Ainda assim, deixou o governo em seu primeiro mandato.
“É cedo para dizer ainda o que as próximas semanas me reservam, mas posso garantir que esse percurso não vai ser, como nunca foi na minha vida, individual, vai ser coletivo, enfrentando resistência e procurando respostas especiais ao desafio que está colocado”, disse Leite, sem citar o que planeja para o futuro político.
No discurso, ele afirmou que a saída do governo é “o desfecho de uma decisão muito difícil, tomada a partir de muita reflexão”. “Mas eu não podia me omitir, ninguém pode se omitir quando o que está em jogo é a esperança. Como eu já disse, eu não saio, eu me apresento, me apresento para cumprir meu papel como cidadão como representante de uma geração que não se conforma com a armadilha política que se montou contra o próprio Brasil. Me apresento com ânsia de futuro, desejo de mudança, disposto a trabalhar politicamente em torno de uma agenda que forneça melhores perspectivas a todos”, concluiu.
Também nesta quinta-feira (31/3), o ex-juiz Sergio Moro informou que abre mão, “nesse momento”, da pré-candidatura presidencial. Ele deixou o Podemos para se filiar ao União Brasil.