O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que o número de denúncias de assédio eleitoral cresceu para 2.556 e já é 12 vezes superior ao registrado nas eleições de 2018, quando foram contabilizadas 212 notificações. O número de empresas denunciadas aumentou em quase 20 vezes, passando de 98, em 2018, para 1947, em 2022.
A maior parte das denúncias vem da região Sudeste do país: 1006. Este valor deve-se sobretudo à Minas Gerais, estado com maior quantidade de registros do Brasil — 584. Somente a região mineira soma mais denúncias do que as regiões Centro-Oeste e Norte juntas.
O assédio eleitoral ocorre quando um empregador ameaça o funcionário com a perda do emprego, piora no ambiente laboral, ou ainda quando promete a ele benesses no trabalho em troca de voto. A prática é crime eleitoral e trabalhista.
No dia 18 de outubro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, se reuniu com o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, e o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, para tentar solucionar a questão.