Etienne Jacintho

Ao longo das sete temporadas de The Good Wife, Alicia Florrick (Julianna Margulies) passou por diversas situações que nos fizeram rir, chorar, enraivecer, nos derreter... Na maioria das vezes, torci por Alicia. Queria vê-la vencendo seus oponentes no tribunal; passando por cima de Peter Florrick (Chris Noth) com uma bota de salto agulha; encontrando, por fim, um grande amor... Apesar de todos os infortúnios de Alicia, os roteiristas da série conseguiram satisfazer esses meus desejos até a sexta temporada. Não entendi até agora o que aconteceu no último ano de The Good Wife. Ainda estou aqui, praticamente um ano depois, tentando digerir aquela temporada final. Tentando entender o que aconteceu com aquela Alicia que queria tanto ser independente de seu ex-marido opressor, abusador, que tanto a desrespeitou? Por que Alicia passou por cima de seus valores para defender e apoiar aquele homem? Sei lá. Não entendi.
Uma coisa, no entanto, ficou muito clara para mim naquela sétima temporada: Diane Lockhart (Christine Baranski) arrasa! No último episódio, tudo o que Alicia merecia foi o que ela recebeu de Diane. Um belo tapa na cara. Não que eu defenda esse tipo de atitude na vida real, mas na ficção, que mal tem? Quem não queria dar uma chacoalhada naquela personagem que virou a casaca na reta final de sua história? Diane vingou os espectadores de The Good Wife que, como eu, se sentiram traídos por Alicia que, além de defender Peter, ainda dispensou um cara como Jason Crouse (Jeffrey Dean Morgan). Alguém entendeu?
[caption id="attachment_75956" align="aligncenter" width="900"]<a href="/wp-content/uploads/2017/04/goodfight2.jpg"><img class="wp-image-75956 size-large" src="/wp-content/uploads/2017/04/goodfight2-1024x682.jpg" alt="Lucca Quinn (Cush Jumbo) e Colin Morrello (Justin Bartha)" width="900" height="599" /></a> Lucca Quinn (Cush Jumbo) e Colin Morrello (Justin Bartha)[/caption]
Enfim, vou deixar minha indignação com Alicia para lá e focar em Diane Lockhart. Adoro a Christine Baranski desde a época em que ela era Maryann, a amiga alcóolatra da Cybill Shepherd (de A Gata e o Rato), na comédia dos anos 1990, Cybill. A série, criada por Chuck Lorre (Two and a Half Men e The Big Bang Theory) conta a história de uma atriz que, por causa de sua idade, estava perdendo trabalhos importantes. Cybill era divertida. Christine, porém, roubava quase todas as cenas. Ela é competente como sua personagem Diane Lockhart, por isso, uma série protagonizada por ela na pele da advogada que defendeu por sete anos, não poderia deixar de ser boa.
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The Good Fight, a sequência de The Good Wife, estreou nos Estados Unidos há dois meses. A série acompanha Diane Lockhart após os acontecimentos do desfecho de The Good Wife. Diane está em sua antiga agência e, após juntar um bom dinheiro com aplicações financeiras administradas por um amigo, decide se aposentar. O problema é que, depois de sair da firma, esse amigo dela, Henry Rindell (Paul Guilfoyle), é preso acusado de fraude e seus clientes perdem todo o dinheiro. Diane tenta reverter sua demissão, mas a firma não aceita e ela só encontra trabalho em um escritório composto por maioria de advogados afro-americanos.
[caption id="attachment_75957" align="aligncenter" width="768"]<a href="/wp-content/uploads/2017/04/goodfight3.jpg"><img class="wp-image-75957 size-full" src="/wp-content/uploads/2017/04/goodfight3.jpg" alt="Elsbeth Tascione (Carrie Preston) em participação mais que especial" width="768" height="578" /></a> Elsbeth Tascione (Carrie Preston) em participação mais que especial[/caption]
Além de Diane, a sequência de The Good Wife conta com outra boa personagem, Marissa Gold (Sarah Steele), a filha de Eli Gold (Alan Cumming). Marissa é divertida, astuta e carismática. Agora, ela tem mais destaque como a assistente de Diane e, metida como é, acaba se envolvendo nas investigações da firma. A advogada Lucca Quinn (Cush Jumbo) também ganha sobrevida e migra para a nova série. Ainda não aprendi a gostar de Lucca, mas ela trabalha com Diane e tem um caso amoroso com o advogado da Promotoria Pública Colin Morrello (Justin Bartha). 
Assim como The Good Wife, The Good Fight é focada em mulheres. Além de Diane e Lucca, uma terceira advogada ganha destaque. Trata-se de Maia Rindell (Rose Leslie), filha de Henry Rindell, que enfrenta ataques de homofobia desde a prisão de seu pai.
[caption id="attachment_75958" align="aligncenter" width="900"]<a href="/wp-content/uploads/2017/04/goodfightperry.jpg"><img class="wp-image-75958 size-large" src="/wp-content/uploads/2017/04/goodfightperry-1024x585.jpg" alt="Matthew Perry interpreta o &quot;vilão&quot; Mike Kresteva " width="900" height="514" /></a> Matthew Perry interpreta o "vilão" Mike Kresteva[/caption]
The Good Fight ganha força a cada episódio. É uma série que dá vontade de acompanhar. Suas protagonistas são interessantes e seus casos, também. Há tribunal, intrigas e romances de qualidade, assim como havia em The Good Wife. E há uma discussão sobre preconceitos. Quando Diane procura um novo emprego, enfrenta problemas por causa de sua idade. A firma em que trabalha é composta por negros, em sua maioria, e é famosa por defender vítimas de violência policial. Maia, lésbica assumida, precisa encarar o julgamento social. Outro trunfo da série é trazer de volta a ótima advogada Elsbeth Tascione (Carrie Preston), que continua esquisita, maníaca e engraçadíssima. Não tem como não amar!
Por enquanto, The Good Fight, que tem 10 episódios em sua primeira temporada, está em cartaz somente nos Estados Unidos, no CBS All Access, o serviço de streaming da CBS. A série foi renovada para uma segunda temporada.

thegoodfight

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JOTA

Série resgata Diane Lockhart, Marissa Gold, Lucca Quinn e a divertidíssima Elsbeth Tascione

The Good Fight traz boas histórias e personagens

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