Novo Governo

Nísia Trindade assume Ministério da Saúde e anuncia secretariado

Ela prometeu revogar portarias e normas técnicas que ‘ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais e reprodutivos’

Nísia Trinadade
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante cerimônia de investidura no cargo. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Esta reportagem foi alterada às 8h47 de 4 de janeiro de 2023 para corrigir o sobrenome do secretário de Atenção Especializada. O nome dele é Helvécio Magalhães, e não Guimarães

A ministra da Saúde Nísia Trindade tomou posse nesta segunda-feira (2/1) no cargo. Durante a cerimônia, ela anunciou os nomes dos secretários da pasta. O evento contou com a presença de cinco ministros e de líderes de órgãos como o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Como adiantado pelo JOTA, Swedenberger Barbosa, assumiu a secretaria-executiva; Nesio Fernandes, a Secretaria de Atenção Primária; Helvécio Magalhães, a Secretaria de Atenção Especializada; Carlos Gadelha, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Assuntos Estratégicos.

Já Isabela Pinto irá liderar a Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde; Ana Estela Haddad assume a nova Secretaria de Informação e Saúde digital; Weibe Tapeba, a Secretaria de Saúde Indígena. Esta última nomeação foi celebrada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que ressaltou que “ele será o primeiro indígena a assumir a pasta, que é central para a vida dos povos indígenas e que foi muito desestruturada no governo Bolsonaro, sobretudo durante a pandemia da Covid-19″.

Além disso, Ana Goretti será a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Temos muita convicção na proteção das vacinas e lembro para os brasileiros completarem o esquema vacinal”, declarou Trindade, que presidia a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Trindade garantiu ainda que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) será reestruturada. E prometeu que vai revogar nos próximos dias portarias e normas técnicas que “ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais e reprodutivos e que transformaram várias posições do ministério da saúde em uma agenda conservadora e negacionista”.

Como exemplo ela citou a prescrição da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19 durante a pandemia. Essas revogações, no entanto, serão feitas com a participação de representantes do Conass e Conasems.