A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o projeto Mais Médicos para o Brasil poderá contemplar 6 mil profissionais. Quando foi anunciado oficialmente, em 20/3, o governo previu 5 mil vagas na primeira etapa, número que triplicaria até o fim de 2023. A declaração foi dada durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (29/3).
Para a ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Brasil vive “um cenário de grande desestruturação de políticas públicas”. O Mais Médicos viria, portanto, para resolver parte dos gargalos da saúde pública, junto com as campanhas de vacinação e o credenciamento de equipes da atenção primária, da saúde bucal e de agentes de saúde.
“Lançamos o programa Mais Médicos para o Brasil, com todas as inovações que pudemos associar pela avaliação e experiência. Nós tínhamos brasileiros fora dessa cobertura e retrocessos importantes nesse programa. Com esse relançamento, nós vamos abrir 6 mil vagas. Anunciamos 5 mil, mas vai ser possível, neste momento, ampliar”, declarou a ministra.
O projeto também conta com ofertas de especialização, de mestrado e de aperfeiçoamento aos participantes, como forma de ampliar a educação em saúde. Além disso, há 10% de pontuação para residência em Medicina da Família e da Comunidade (MFC), licença-maternidade e incentivos à permanência nos Mais Médicos e ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
“Há, também, por interesse dos municípios, um movimento por mais 10 mil vagas de maneira que a estrutura do programa possa atender as aspirações dos prefeitos, que, muitas vezes, não se referem só ao orçamento, mas à viabilidade de efetuarem essas contratações”, completou Trindade.
O governo projeta R$ 712 milhões em investimento neste ano.