Saúde

Ministério da Saúde planeja levar telemedicina e cirurgias ao povo Yanomami

Ideia é aumentar o acesso aos serviços do SUS e reduzir o deslocamento. Medidas devem ser anunciadas oficialmente nesta quinta

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Força nacional do SUS atende crianças yanomamis. Crédito: Igor Evangelista/Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde quer disponibilizar serviços de complexidade ao povo Yanomami pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as ações estão telemedicina, procedimentos cirúrgicos, como cirurgia de vesícula, e exames, como o de ultrassom. A meta é implementar até o fim de 2023.

Integrantes da pasta anteciparam ao JOTA a medida, que deve ser anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na próxima quinta-feira (2/3). Uma comitiva do órgão desembarcou em Boa Vista, Roraima, na tarde desta quarta (1º/3) para acompanhar os trabalhos de atendimento à população Yanomami.

A estratégia terá atuação de diferentes secretarias do órgão, como a de Saúde Indígena (Sesai) e a de Informação e Saúde Digital. Ao fazer a aproximação entre atenção especializada e os Yanomami, a ideia é aumentar o acesso aos serviços do SUS e reduzir o deslocamento, entre outros fatores.

O ministério quer operacionalizar a iniciativa por meio de um hospital de campanha. Depois, o plano é estabelecer um hospital permanente na terra indígena.

Ao todo, a estimativa da pasta é contemplar 30 mil indígenas que vivem em mais de 250 aldeias num território de quase 10 milhões de hectares. Os Yanomami vivem uma crise humanitária deflagrada pela fome, pela desnutrição grave e pela malária, além de infecções respiratórias como a Covid-19.