O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (7/7) que a última dose da vacina contra a poliomielite passará a ser injetável. Atualmente, a dose de reforço é aplicada aos quatro anos na forma de “gotinha”. A pasta afirma que a mudança passará por um período de transição que se inicia no primeiro semestre de 2024.
Atualmente, o esquema vacinal contra a poliomielite é composto por três doses da vacina inativada injetável, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, mais dois reforços com a vacina oral, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Após o período de transição, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço da vacina injetável aos 15 meses. A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção.
A substituição da vacina oral pela versão inativada foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Ao analisar estudos científicos, a CTAI recomendou que o Brasil passe a adotar exclusivamente a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) no reforço aos 15 meses de idade.
O Ministério da Saúde tem o objetivo de aumentar a cobertura vacinal no país. Em 2022, a cobertura vacinal contra a poliomielite ficou em 77,19%. A meta do Governo Federal é retomar a confiança da população nos imunizantes para que o país volte a ser referência internacional em vacinação, atingido a meta de 90% de cobertura em todas as vacinas.
A pasta ainda deve repassar R$ 151 milhões para estados e municípios investirem nas ações de vacinação. O Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, também vai continuar na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis em todo Brasil, participando das ações de imunização e campanhas do Governo Federal.