O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu investigação sobre empresas do setor de saúde após denúncias de aumento de preços e lucros de forma abusiva devido à crise do coronavírus.
Segundo divulgado nesta quarta-feira (18/03), a autarquia vai centrar esforços especialmente sobre hospitais, laboratórios, farmácias, distribuidores e fabricantes de máscaras cirúrgicas, álcool em gel e fabricantes de medicamentos para tratamento dos sintomas da Covid-19.
Eles serão oficiados para apresentar, no prazo de 10 dias, as notas fiscais de aquisição dos produtos. A investigação foi aberta por Alexandre Cordeiro Macedo, Superintendente-Geral do Cade.
De acordo com despacho da Superintendência-Geral da autarquia, serão analisadas compras a partir de 1º de novembro de 2019 até 15 março de 2020 e, mensalmente, as notas fiscais a serem emitidas a partir de 16 de março até o dia 31 de julho de 2020.
“O Cade avaliou que é necessário averiguar se empresas do setor de saúde estariam aumentando os preços e lucros de forma arbitrária e abusiva, o que exige uma atuação da autarquia para zelar que tais abusos, se efetivamente verificados, sejam punidos com base na Lei nº. 12.259/2011”, divulgou a autarquia antitruste.