Mariana Larrubia

Após os 59 casos registrados de intoxicação devido a adulteração de bebidas alcoólicas no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/Anvisa">Anvisa</a>) intensificou ações para adquirir o Fomepizol, principal antídoto para tratar casos de consumo oral do <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/METANOL">metanol</a>. O medicamento não é registrado no Brasil e precisa ser importado de fornecedores externos. Como alternativa, o governo pretende comprar 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para tratamento terapêutico, caso necessário.
<h3><a href="https://www.jota.info/produtos/saude?utm_source=cta-site&amp;utm_medium=site&amp;utm_campaign=campanha_saude_q2&amp;utm_id=cta_texto_saude_q2_2023&amp;utm_term=cta_texto_saude&amp;utm_term=cta_texto_saude_meio_materias">Com notícias da Anvisa e da ANS, o JOTA PRO Saúde entrega previsibilidade e transparência para empresas do setor</a></h3>
“Determinamos a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar estados e municípios no tratamento de vítimas. A Anvisa também acionou produtores e agências internacionais para adquirir Fomepizol, outro antídoto usado em casos de intoxicação”, declarou o ministro <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/Alexandre%20Padilha">Alexandre Padilha</a>.
A agência consultou dez autoridades reguladoras internacionais para a autorização e comercialização do Fomepizol, sendo elas a ANMAT (Argentina), COFEPRIS (México), EMA (União Europeia), FDA (Estados Unidos), Health Canada (Canadá), MHLW (Japão), MHRA (Reino Unido), NMPA (China), Swissmedic (Suíça) e TGA (Austrália).
A iniciativa é uma ação conjunta da Anvisa e do Ministério da Saúde para garantir o atendimento aos pacientes em tempo hábil e uma resposta a um ofício do ministério solicitando a publicação de um <a href="https://anvisalegis.datalegis.net/action/ActionDatalegis.php?acao=abrirTextoAto&amp;link=S&amp;tipo=ACM&amp;numeroAto=00000017&amp;seqAto=222&amp;valorAno=2025&amp;orgao=ANVISA/MS&amp;cod_modulo=630&amp;cod_menu=9376">edital de chamamento internacional</a> em regime de urgência, que tem como objetivo identificar fabricantes e distribuidores aptos a prover o Fomepizol ao Brasil.
Enquanto o antídoto não é importado para o Brasil, a Anvisa identificou mais de 600 farmácias de manipulação e laboratórios farmacêuticos capazes do produzir o etanol manipulado e atender a demanda das 150 mil ampolas encomendadas pelo governo federal para o tratamento das vítimas.
Em ação complementar, a pasta peticionou a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e afirmou que vai adquirir outras 1.000 unidades do medicamento por meio da linha de crédito do Fundo Estratégico da OPAS.
“O Ministério da Saúde estruturou, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um estoque estratégico em hospitais universitários federais e serviços do SUS com 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico. Além disso, está em andamento a compra emergencial de mais 5 mil tratamentos (150 mil ampolas), garantindo a reposição e distribuição do produto conforme a necessidade de estados e municípios”, informou o ministério.
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A Anvisa informa que existem 13 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) aptos a fornecer orientações de primeiros socorros em casos de intoxicação, através do Disque-Intoxicação (0800-722-6001).

Fomepizol

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JOTA

Medicamento não está disponível do Brasil e depende de parcerias estrangeiras; governo negocia compra de 150 mil ampolas de tratamento alternativo

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