Manoela Albuquerque

A diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (Decit), Camile Sachetti, teve a exoneração oficializada na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (9/4). A área é responsável por direcionar investimentos do governo federal em pesquisas, de acordo com as necessidades da saúde pública no Brasil.
Essa troca, antecipada aos assinantes do JOTA PRO na quarta-feira (7/4), gera preocupação na comunidade científica. Sachetti foi uma das defensoras da aplicação dos conceitos de saúde baseada em evidências dentro do ministério, um contraponto aos que apoiaram o uso da cloroquina para tratar a Covid-19, como o próprio secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti.
<a href="https://conteudo.jota.info/saude" rel="attachment wp-att-291836"><img class="size-medium wp-image-291836 aligncenter" src="https://www.jota.info/wp-content/uploads/2021/01/jota-pro-saude-cta.jpeg" alt="" width="300" height="300" /></a>A diretora foi substituída pelo médico Marcos de Sousa Ferreira, que ainda não foi nomeado, mas já responde informalmente pelo departamento. Ele atuava como assessor especial de Angotti desde julho de 2020. Antes disso, foi diretor-presidente da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde do Distrito Federal. Também teve passagens pelo Ministério da Defesa e pelo Hospital da Força Aérea de Brasília.
Segundo relatos feitos à reportagem, Camile Sachetti teria recebido um convite para ser assessora do ministro Marcelo Queiroga, mas essa nomeação enfrenta resistência da própria SCTIE. Além disso, chegou a ser convidada para um cargo em substituição na área de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
<h3>Assessor especial</h3>
Também foi publicada, no DOU desta sexta-feira (7/4), a nomeação de Daniel Meirelles Fernandes Pereira para o cargo de assessor especial do ministro Marcelo Queiroga.
Até esta semana, ele era diretor-adjunto da Diretoria de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Queiroga havia sido indicado para uma vaga na reguladora em dezembro de 2020, mas não chegou a ser sabatinado.
No ano passado, foi o novo assessor quem indicou a filha do ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, para um cargo na agência. O processo não chegou a ser concluído.

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JOTA

A área é responsável por direcionar investimento em pesquisas, de acordo com as necessidades da saúde pública no Brasil

Diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde é exonerada

Sachetti foi uma das defensoras da saúde baseada em evidência, um contraponto aos que apoiaram o uso da cloroquina dentro da pasta.