Lígia Formenti

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que todas as informações necessárias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deliberar sobre o da CoronaVac para crianças já foram apresentadas. No fim da tarde desta segunda-feira (17/1), uma nova reunião foi realizada com técnicos da agência. “Agora a bola está com eles”, disse ao Jota, ao fim do encontro.
Dimas Covas acredita que uma reunião de Diretoria Colegiada da agência deva ser marcada para decidir sobre o tema. A expectativa é de que isso ocorra ainda esta semana. A reunião é agendada com pelo menos 24 horas de antecedência.
O Instituto Butantan solicitou autorização para uso emergencial da CoronaVac para crianças e adolescentes de três a dezessete anos. O prazo da Anvisa para deliberação termina dia 23 de janeiro.
Caso o pedido seja aceito, há possibilidade de o instituto fornecer imediatamente 12 milhões de doses. Em São Paulo, são 4,5 milhões de crianças nesta faixa etária. Se o Ministério da Saúde mostrar interesse no uso da CoronaVac, o Instituto poderia, em poucos dias, providenciar a chegada de mais doses.
Dimas Covas, contudo, afirma que até o momento não houve nenhum contato do Ministério da Saúde com representantes do instituto. Apesar de não ter havido nenhuma negociação formal, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda (17/1), que, uma vez aprovada pela Anvisa, a vacina pediátrica CoronaVac pode ser incluída no Plano Nacional de Imunizações (PNI). A CoronaVac é aplicada em duas doses, com 28 dias de intervalo.
A Anvisa autorizou em dezembro de 2021 o uso da vacina Comirnaty, da Pfizer, para crianças entre 5 e 11 anos. A fabricante prometeu entregar em janeiro 4,3 milhões de doses. A vacinação infantil começou em algumas capitais neste fim de semana.
Caso seja aprovada pela Anvisa, a CoronaVac pode trazer agilidade para imunizar crianças contra Covid-19, principalmente neste momento, com a proximidade do retorno das aulas.
Em nota, a Anvisa afirmou que na reunião desta segunda foram discutidas novas fases de avaliação. A Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) e a Gerência de Farmacovigilância (GFARM) deverão apresentar subsídios para a Diretoria Colegiada da Agência. Para o uso emergencial ser aprovado, é necessária maioria simples.

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Butantan solicitou autorização para uso emergencial da vacina entre crianças e adolescentes de três a dezessete anos

Dimas Covas sobre uso pediátrico da CoronaVac: &#8216;A bola está com a Anvisa&#8217;

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Dimas Covas sobre uso pediátrico da CoronaVac: 'A bola está com a Anvisa'

Butantan solicitou autorização para uso emergencial da CoronaVac para crianças e adolescentes de três a dezessete anos