Daniel Marcelino

O presidente <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> (sem partido) completa nesta segunda-feira (27/9) 1.000 dias como presidente do Brasil com o seu governo enfrentando os mais baixos índices de apoio popular desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019 - comparável apenas a<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/fernando-collor-de-mello"> Fernando Collor de Mello</a>.
Prever o que vai acontecer nos próximos 460 dias restantes do mandato não será fácil, mas podemos comparar o governo Bolsonaro até aqui com os demais mandatários, na avaliação dos brasileiros. O JOTA já havia alertado para esses números em duas ocasiões.
<a href="https://www.jota.info/produtos/poder?utm_source=Banner%20site&amp;utm_medium=Artigos&amp;utm_campaign=CTA_Poder_materias"><img class="size-medium wp-image-292717 aligncenter" src="https://www.jota.info/wp-content/uploads/2021/01/jota-pro-poder.jpg" alt="" width="688" height="688" /></a>
Em 2019, os analistas do JOTA publicaram <a href="https://www.jota.info/dados/aprovacao-dos-presidentes/bolsonaro-tem-o-pior-primeiro-ano-0410201">uma reportagem</a> mostrando que Bolsonaro tinha o pior resultado de avaliação popular entre todos os presidentes no primeiro ano de mandato.
Mais recentemente, no começo de setembro, relatório enviado a clientes JOTA PRO Poder comparou os índices de aprovação e rejeição dos presidentes de primeiro mandato, usando as estimativas de consenso das pesquisas produzidas pelo agregador do JOTA - modelo proprietário que agrega resultados de mais de 10 mil pesquisas individualizadas.
<blockquote class="jota-article__eye"><a href="https://www.jota.info/produtos/poder?utm_source=site&amp;utm_medium=site&amp;utm_campaign=site-link-interno-poder&amp;utm_id=link-interno-site">O JOTA tem feito uma cobertura intensiva da crise institucional no JOTA PRO Poder, solução corporativa de inteligência política, monitoramento e análise dos Três Poderes. Conheça e traga mais previsibilidade ao seu negócio!</a></blockquote>
<h3>Avaliação positiva</h3>
As figuras mostram a trajetória do índice de aprovação de cada presidente durante o seu primeiro mandato. O destaque nas imagens marca o milésimo dia do mandatário à frente do governo. As linhas correspondem à mediana do índice, calculada pelo modelo de agregação de pesquisas ​do JOTA​. Em síntese, o padrão que surge dessas imagens é bastante nítido aos olhos: com exceção de Fernando Collor, a linha azul que representa o índice de aprovação de Bolsonaro está sempre abaixo dos demais presidentes, apenas em alguns momentos a linha toca ou cruza a trajetória de aprovação do ex-presidente <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/lula">Luiz Inácio Lula da Silva</a> (PT) no primeiro mandato.
Em 27 de setembro de 2013, <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/dilma-rousseff">Dilma Rousseff</a> (PT) era aprovada por 42%, segundo o consenso das pesquisas produzido pelo agregador do JOTA. Depois de um ano e meio à frente do governo, a presidente passou a ter que lidar com as demonstrações de insatisfação popular contra o seu governo nas ruas por todo o país. Mas o ponto mais baixo de aprovação do governo Dilma foi em março de 2013, a petista viu o seu índice de aceitação chegar a 33%, segundo o agregador de pesquisas.
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Coincidentemente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na data em que completou o milésimo dia do governo tinha uma taxa de aprovação igual à observada pela sua sucessora, Dilma Rousseff, 42%. Mas diferentemente de Dilma,  a trajetória de avaliação do ex-presidente Lula já indicava um movimento ascendente de recuperação a cada novo levantamento, cerca de três meses depois do então deputado <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/roberto-jefferson">Roberto Jefferson</a> (PTB) ter denunciado o esquema do mensalão.
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O consenso das pesquisas mostra que, ao completar 1.000 dias de mandato, o ex-presidente <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/fhc">Fernando Henrique Cardoso</a> (PSDB) teve taxas de apoio popular muito próximas das observadas durante os governos Lula I e Dilma I. Segundo os dados do agregador, 41% dos brasileiros davam notas positivas (ótimo e bom) ao governo de Fernando Henrique Cardoso.
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Fernando Collor não chegou formalmente à marca de 1.000 dias no comando do país porque foi afastado da Presidência em 29 de setembro de 1992 com a aprovação de admissibilidade do pedido de impeachment na Câmara. Até então, a posse presidencial ocorria no dia 15 de março e não em 1º de janeiro, assim a marca dos primeiros 1.000 dias do mandato presidencial de Collor só seria atingida em 9 de dezembro de 1992. Mesmo assim, o julgamento do impeachment só foi concluído em 30 de dezembro daquele ano. No dia anterior, Collor já havia renunciado ao mandato.
<img class="aligncenter wp-image-334433 size-full" src="https://www.jota.info/wp-content/uploads/2021/09/unnamed-4.png" alt="" width="1000" height="568" />
<h3>Avaliação negativa</h3>
As figuras seguintes, por outro lado, retratam a evolução do índice negativo de avaliação ou rejeição dos governos. Em síntese, o padrão nas imagens é bastante claro: com exceção de Fernando Collor, nenhum outro presidente enfrentou tamanha desconfiança e rejeição popular durante os primeiros 1.000 dias no comando do país.
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Jair Bolsonaro

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JOTA

Presidente enfrenta os mais baixos índices de apoio popular desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019

Bolsonaro na presidência: os 1.000 dias em perspectiva comparada

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JOTA PRO PODER

Bolsonaro enfrenta os mais baixos índices de apoio popular desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019, comparado apenas a Collor