Etienne Jacintho

Amanhã (20/09) é dia de tapete vermelho e, mais do que isso, dia de glória dos fashionistas de plantão! Quem não adora comentar os figurinos dos atores e, principalmente, atrizes que desfilam durante a premiação do Emmy? Adoraria escrever aqui sobre os mais bem vestidos e os micos da grande noite. Mas, daqui a 15 dias, o Emmy já vai ser assunto velho, então, decidi falar sobre algo menos fútil, porém mais arriscado: as apostas da lista dos indicados.
Antes, porém, aviso que sou muito mais coração do que razão na hora de dar meus palpites – aliás, sempre me dei mal nos bolões do Oscar, pois sempre marcava os meus filmes e atores preferidos, mesmo sabendo que um blockbuster teria muito mais chances de vencer.
De qualquer maneira, vamos aos fatos: provavelmente, “Game of Thrones” vai ser o grande vencedor da noite, pois concorre em 24 categorias, sendo o campeão de indicações. Não vou ficar aqui falando sobre os méritos desta série que viciou muita gente com um roteiro instigante, personagens bem construídos, produção caprichada e escolha de atores de gosto questionável. Afinal, esta série tem um público bem específico e pouco tem a ver com o universo que tratamos no JOTA.
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Entre as atrações que abordam questões de política, segurança e legislação, o campeão de indicação é “House of Cards”, que concorre ao prêmio em 11 categorias, mesmo número de “Mad Men”. A Casa Branca está em alta no Emmy, pois a comédia “Veep”, recebeu 9 nominações. A alternativa “Better Call Saul” também está bem colocada e disputa 7 estatuetas. “Homeland” tem 5 indicações, seguida por “The Good Wife” e “Orange Is the New Black”, cada uma com 4 chances de vitória. “The Blacklist” concorre em 2 categorias, assim como “Bloodline”. “Scandal” e “Grace and Frankie” receberam apenas uma indicação ao Emmy.
“House of Cards” tem ótimas chances na categoria Melhor Ator de Série Dramática, com Kevin Spacey no papel do congressista Francis Underwood, um retrato dos políticos que comandam grandes nações hoje em dia. Entre seus principais oponentes estão Jon Hamm, o Don Draper, de “Mad Men”; e Bob Odenkirk, o incrível Jimmy McGill de “Better Call Saul”. Na verdade, por mais que eu adore “House of Cards” e “Better Call Saul”, um prêmio de atuação inédito para Jon Hamm – que, diga‐se, arrasou nesta reta final – seria uma grande homenagem à última temporada desta grande série da AMC. Concorrem nesta categoria também o veterano Jeff Daniels por “The Newsroom”; Kyle Chandler por “Bloodline”; e Liev Schreiber por “Ray Donovan”.
Já para a categoria de Melhor Atriz de Série Dramática, não apostaria tanto em “House of Cards”. Tá, Robin Wright é linda, cruel e veste bem a persona de Claire Underwood (fora que temos de respeitar uma pessoa que já foi casada com Sean Penn). Porém, a concorrência é pesada: Tatiana Maslany deve levar a estatueta por “Orphan Black”, ficção‐científica em que interpreta Sarah Manning e todos os seus clones. Correndo por fora da escolha mais óbvia, Elisabeth Moss, a Penny Olson de “Mad Men”, é sempre indicada, mas nunca escolhida. Quem sabe desta vez? Viola Davis, de “How to Get Away with Murder”, também é forte candidata. Competem ainda Claire Danes, por “Homeland”, e Taraji P. Henson, por “Empire”.
O grande prêmio de Melhor Série Dramática deve ficar com “Mad Men”, por sua aclamada trajetória, mas “House of Cards” e “Game of Thrones” são fortes concorrentes. Disputam o prêmio “Better Call Saul”, Downton Abbey”, “Homeland” e “Orange Is the New Black”. Esta última, aliás, é a favorita na categoria Melhor Atriz Coadjuvante em Série Dramática com Uzo Aduba, na pele da ótima Suzanne Crazy Eyes Warren. Neste quesito, Christina Hendricks (“Mad Men”) e Christine Baranski (“The Good Wife”) podem surpreender.
Para os fãs de “The Good Wife”, a melhor opção é torcer por Alan Cumming, o Eli Gold, como representante da série. Apesar de ser uma vitória difícil, minha torcida é para ele, por ser um ator que merece reconhecimento. Ao lado de Cumming competem o favorito Peter Dinklage, de “Game of Thrones”; os fortes Jonathan Banks, de “Better Call Saul” e Ben Mendelsohn, de “Bloodline”; além de Jim Carter, de “Downton Abbey”; e Michael Kelly, de “House of Cards”.
Entre as séries cômicas, Julia Louis Dreyfus é ganhadora quase certa do Emmy de Melhor Atriz de Comédia por “Veep”, batendo Lily Tomlin, a minha predileta, por “Grace and Frankie”; Lisa Kudrow, por “The Comeback”; as sempre ótimas Edie Falco (“Nurse Jackie”) e Amy Poehler (“Parks and Recreation”); e Amy Schumer (“Inside Amy Schumer”), que recebeu boas críticas.
Jeffrey Tambor é o provável vencedor como Melhor Ator de Série Cômica por sua atuação em “Transparent”, série que acompanha a vida de um cinquentão que finalmente assume seu lado transgênero. Caso os membros do Emmy decidam sair da zona de conforto, “Transparent” ganhará o Emmy de Melhor Série Cômica, em vez da sempre premiada “Modern Family” ou de “Veep”.
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Serviço
Cerimônia será transmitida ao vivo pelo Warner Channel, às 21 horas. Antes, às 19 horas, o canal E! mostra a entrada das celebridades pelo tapete vermelho, com Ryan Seacrest e Giuliana Rancic. 
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