

O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (18/8), em entrevista coletiva, que incluiu formalmente nas investigações do colegiado o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
“Estou comunicando que ele, a partir de hoje, é um investigado”, disse o senador.
Renan informou que a decisão de colocar o parlamentar paranaense no rol de investigados decorreu “pelo conjunto da obra, pelos indícios, pelo envolvimento e participação dele em muitos momentos”. O relator da CPI apontou que serão apurados todos os atos e ações do líder governista que foram praticados para o “enfrentamento da pandemia”. Não apenas no caso da Covaxin, mas “em outros casos” que envolvem o ex-diretor de Departamento de Logística (Delog) do Ministério da Saúde (MS).
O líder do governo na Câmara foi ouvido na CPI no último dia 12, mas o depoimento foi encerrado depois de polêmica em torno da afirmação de Barros de que a farmacêutica CanSino desistiu de vender vacinas ao Brasil por causa da “atuação agressiva” dos senadores da comissão.
A CPI da Pandemia aprovou a quebra dos sigilos telefônicos, telemáticos, fiscais e bancários de Barros e do deputado Luiz Miranda (DEM-DF). O líder do governo entrou no radar da CPI após Luís Miranda afirmar em depoimento que o presidente Jair Bolsonaro teria dito que a pressão exercida sobre o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo, para liberação da importação da vacina indiana Covaxin seria “coisa do Ricardo Barros”.
Parecer final
Renan disse também que tentará apresentar o seu parecer final na segunda quinzena de setembro.
“Não sei se conseguirei, mas vou me dedicar a isso”, afirmou o relator.