Os parlamentares da oposição ampliaram sua influência nas redes sociais, com mais postagens e engajamento muito superior ao conseguido pelos governistas. É o que mostra o novo levantamento Genial/Quaest sobre o Índice de Popularidade Digital (IPD) de deputados e senadores. Realizado entre os dias 1º de abril e 2 de maio sob encomenda da plataforma de investimentos Genial, o levantamento indica que os oposicionistas se destacaram nos debates sobre os temas que mais mobilizaram a opinião pública nesse período, como o PL das Fake News e a CPMI dos Ataques Golpistas de 8 de janeiro.
O melhor desempenho obtido nessa rodada, no entanto, foi do independente ex-governador Cid Gomes (PDT-CE), que se destacou nos debates econômicos, subiu 16 posições no ranking do IPD e estreou no Top 10, ocupando atualmente o 9º lugar. O levantamento aponta as postagens de maior engajamento. As de Cid Gomes, por exemplo, registram críticas à política de juros, dirigidas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
PL das Fake News
Na Câmara, a discussão sobre o PL das Fake News fez Marcel van Hattem (Novo-RS) avançar da 10ª para a 5ª posição no ranking do IPD, enquanto Deltan Dallagnol (PODE-PR) ingressou no ranking dos dez deputados com maior engajamento nas redes, em 10º lugar. Neste tema, a oposição engaja mais que o dobro que governistas e aliados e tem três vezes mais comentários e oito vezes mais curtidas.
O governista André Janones (Avante-MG), mantém-se no ranking dos dez mais influentes, porém recuou cinco posições, do 3º para o 7º lugar. No Senado, a CPMI do 8 de janeiro alavancou as redes de Jaques Wagner (PT), o único governista com destaque positivo no levantamento, ainda que fora do Top 10: saiu da 34ª posição para a 17ª.
Na média, o bloco de oposição na Câmara ampliou numericamente sua vantagem de 17,3 para 17,7, contra a leve queda de 15,2 para 15,1 do bloco governista. Independentes na Câmara também sofreram pequena queda: 15,2 para 15. O IPD médio dos senadores de oposição subiu de 23,4 para 25,2, enquanto dos senadores governistas, a subida foi menos acentuada: de 16,9 para 17,7.
Sobre o índice
O IPD é construído a partir de dezenas de variáveis coletadas nas principais plataformas digitais, como Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e Google. As variáveis são analisadas e agrupadas de acordo com um modelo desenvolvido pela Quaest. Esse indicador varia de 0 a 100 e pode ser comparado ao longo do tempo.