Humberto Azevedo

O relator da <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/cpi-da-covid">CPI da Covid-19</a>, senador <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/renan-calheiros">Renan Calheiros</a> (MDB-AL), apresentou nesta quarta-feira (20/10) o seu relatório final em que pede o indiciamento contra o presidente da República, <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> (sem partido), por crimes contra a humanidade nas modalidades de extermínio, perseguição e outros atos desumanos, além de mais nove outros tipos penais.
Até a última terça-feira (19/10), a previsão é que Renan pediria o indiciamento de Bolsonaro em 11 crimes. Mas, em reunião com os demais senadores que compõem a maioria do colegiado ocorrida na véspera da apresentação oficial do seu relatório, o relator foi convencido a retirar o pedido de indiciamento contra o presidente por homicídio qualificado, assim como por genocídio de indígenas.
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Os demais pedidos de indiciamento contra Bolsonaro são:
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><a href="https://www.jota.info/legislativo/cupula-da-cpi-confirma-que-bolsonaro-sera-acusado-charlatanismo-em-relatorio-11082021">charlatanismo</a>, por propagar medicamento sem eficácia;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">crimes de responsabilidade, por atentar contra os direitos constitucionais;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">emprego irregular de verbas públicas ao determinar a compra, a distribuição e a produção de medicamentos sem comprovação científica para o covid-19;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">epidemia com resultado morte;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">falsificação de documento particular que defendia haver manipulação nos registros de óbito causados pela doença respiratória que já matou mais de 604 mil brasileiros;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">incitação ao crime ao pedir para apoiadores invadirem hospitais para supostamente comprovar que haviam ofertas de leitos;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">incompatibilidade com a dignidade, a honra e ao decoro do cargo de chefe de Poder;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">infração de medida sanitária preventiva;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">prevaricação ao não determinar à Polícia Federal abertura de inquérito para investigar suposto caso de corrupção na compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde.</li>
</ul>
Renan Calheiros pediu ainda o indiciamento de outras 65 pessoas, incluindo os três filhos do presidente que possuem mandato parlamentar: senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Renan pediu o indiciamento dos três por divulgação de notícias falsas.
 Além das pessoas físicas, o relator da CPI pediu o indiciamento contra as empresas Precisa Medicamentos e VTCLog por supostamente promover corrupção ativa na tentativa de venda do imunizante Covaxin ao governo brasileiro.
Veja abaixo as demais pessoas que tiveram o pedido de indiciamento no relatório da CPI da Pandemia.
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde, por epidemia com resultado morte prevaricação;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Onyx Lorenzoni, ex-ministro da Cidadania, exministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República e atual ministro do Trabalho e Previdência, por incitação ao crime, crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, por epidemia com resultado morte, incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Wagner do Rosário, atual ministro-chefe da Controladoria Geral da União, por prevaricação;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, por epidemia com resultado morte e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, por crime contra a humanidade, epidemia com resultado morte e prevaricação;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística (Delog) do Ministério da Saúde, por corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Cristiano Carvalho, representante da Davatti Medical Suply no Brasil, por corrupção ativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Luiz Paulo Dominguetti, vendedor informal da Davatti Medical Suply no Brasil, por corrupção ativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Rafael Alves, apontado como intermediador nas tratativas da Davatti Medical Suply, por corrupção ativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">José Odilon da Silveira, apontado como intermediador nas tratativas da Davatti Medical Suply, por corrupção ativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><a href="https://www.jota.info/legislativo/marcelo-blanco-contradiz-dias-e-diz-que-jantar-com-dominguetti-nao-foi-casual-04082021">Coronel Marcelo Blanco</a>, ex-assessor do Departamento de Logística (Delog) do Ministério da Saúde e apontado como intermediador nas tratativas da Davatti Medical Suply, por corrupção ativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Emanuela Medrades, diretora-executiva e responsável técnica farmacêutica da empresa Precisa Medicamentos, por falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, formação de organização criminosa, e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Túlio da Silveira, consultor jurídico da empresa Precisa Medicamentos, por falsidade ideológica, uso de documento falso e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Airton Soligo, ex-assessor especial do Ministério da Saúde, por usurpação de função pública;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Francisco Maximiano, sócio e dono da empresa Precisa Medicamentos, por falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Danilo Brendt Trento, diretor de relações institucionais da Precisa Medicamentos, por fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Marcos Tolentino, advogado e dono da empresa FIB Bank, por fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><a href="https://www.jota.info/legislativo/renan-calheiros-inclui-ricardo-barros-como-investigado-da-cpi-da-pandemia-18082021">Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara e ex-ministro da Saúde</a>, por incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Bia Kicis (PSL-DF), deputada federal e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Carla Zambelli (PSL-SP), deputada federal, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Osmar Terra (MDB-RS), deputado federal, por epidemia com resultado morte e incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo federal, por prevaricação e advocacia administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Nise da Yamaguchi, médica participante do gabinete paralelo, por epidemia com resultado morte;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República e participante do gabinete paralelo, por epidemia com resultado morte;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Carlos Wizard, empresário e participante do gabinete paralelo, por epidemia com resultado morte e incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Paulo Zanotto, biólogo e participante do gabinete paralelo, por epidemia com resultado morte;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Luciano Dias, médico e participante do gabinete paralelo, por epidemia com resultado morte;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><a href="https://www.jota.info/tributos-e-empresas/saude/renan-calheiros-presidente-do-cfm-investigado-cpi-06102021">Mauro Luiz Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina</a>, por epidemia com resultado morte;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Braga Netto, atual ministro da Defesa e ex-ministro-chefe da Casa Civil, por epidemia com resultado morte;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Allan Lopes dos Santos, blogueiro suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Paulo Enéas, editor do site bolsonarista Crítica Nacional, suspeito de disseminar fake news por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Luciano Hang, empresário suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Otávio Fakhoury, empresário suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Bernardo Kuster, diretor do jornal Brasil Sem medo, suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Oswaldo Eustáquio, blogueiro suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Richards Pozzer, artista gráfico suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Leandro Ruschel, suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Carlos Jordy (PSL-RJ), deputado federal suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Filipe Martins, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Técio Tomaz, assessor especial da Presidência da República suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Roberto Goidanich, ex-presidente da Fundação Alexandre Gusmão do Ministério das Relações Exteriores suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Roberto Jefferson, ex-deputado federal, presidente nacional do PTB e, atualmente, detido por ordem do Supremo Tribunal Federal e suspeito de disseminar fake news, por incitação ao crime;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Raimundo Nonato Brasil, sócio da empresa VTCLog ,por corrupção ativa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Andréia Lima, diretora-executiva da empresa VTCLog, por corrupção ativa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Carlos Alberto de Sá, sócio da empresa VTCLog, por corrupção ativa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Teresa Cristina de Sá, sócia da empresa VTCLog, por corrupção ativa e improbidade administrativa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">José Ricardo Santana, ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por formação de organização criminosa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Marconny Albernaz, empresário, por formação de organização criminosa;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Daniela Silva, médica da Prevent Senior, por tentativa de homicídio;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><a href="https://www.jota.info/legislativo/diretor-da-prevent-senior-se-torna-investigado-da-cpi-22092021">Pedro Batista Jr.</a>, diretor-executivo da Prevent Senior, por causar perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Paola Werneck, médica da Prevent Senior, por causar perigo para a vida ou saúde de outrem;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Carla Guerra, médica da Prevent Senior, por causar perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Rodrigo Esper, médico da Prevent Senior, por causar perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Fernando Oikawa, médico da Prevent Senior, por causar perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Daniel Baena, médico da Prevent Senior, por falsidade ideológica;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">João Barros, médico da Prevent Senior, por falsidade ideológica;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Fernanda Igarashi, médica da Prevent Senior, por falsidade ideológica;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Fernando Parillo, dono da Prevent Senior, por causar perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença e falsidade ideológica;</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Eduardo Parrillo, dono da Prevent Senior, por causar perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade; e</li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1">Flávio Cadegiani, médico que fez estudo com o medicamento proxalutamida para pacientes de Covid-19, por crime contra a humanidade.</li>
</ul>
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Bolsonaro CPI pandemia

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JOTA

Relator da CP pediu indiciamento  de mais 65 pessoas, incluindo os três filhos do presidente que possuem mandato

Renan Calheiros pede indiciamento de Bolsonaro por dez crimes

O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros, apresentou seu relatório final em que pede o indiciamento contra o presidente Jair Bolsonaro