O troca-troca partidário em dezembro e janeiro de alguns senadores tornou o PSD o maior partido da Casa no início da nova legislatura, com 15 senadores. Com as novas filiações, a sigla desbancou o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem 12 parlamentares no Senado e começa o ano como a segunda maior bancada.
O PSD filiou quatro novos senadores – em dezembro, foram Zenaide Maia (RN), ex-PROS; e Dr. Samuel Araújo (RO), ex-PL; e em janeiro, foram Eliziane Gama (MA), ex-Cidadania; e Mara Gabrilli (SP), ex-PSDB.
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O PSD começa a legislatura com a maior bancada mesmo após perder o tamanho nas eleições de 2022, quando reelegeu dois dos seus três senadores que tentaram renovar o mandato. A sigla não elegeu nenhum nome novo. Em compensação, ganhou parlamentares que foram eleitos por outros partidos. Dos 15 senadores que compõem o PSD hoje, dez não foram originalmente eleitos pelo partido, incluindo o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), eleito em 2018 pelo antigo DEM (que, com a fusão com o PSL, virou o União Brasil).
No PL, ocorreu o mesmo fenômeno – dos 12 senadores, quatro foram eleitos por outras legendas. Ao todo, 15 dos 27 senadores que compõem as duas maiores bancadas atuais migraram para esses partidos nos últimos quatro anos.
Outros senadores mudaram de partido recentemente. O senador eleito Cleitinho Azevedo (MG) trocou o PSC pelo Republicanos em dezembro, enquanto que, em janeiro, dois senadores do Podemos passaram para o PSB: Flávio Arns (PR) e Jorge Kajuru (GO). Nesta quarta-feira (1º) o senador Carlos Viana (MG) confirmou mudança do PL para o Podemos.
Apesar das perdas, o PL ainda pode se aproximar em número de senadores com o PSD no início do ano. Samuel Araújo é suplente de Marcos Rogério (PL-RO), de licença até março. Por outro lado, o PSD pode ser beneficiado pela suplência de Wellington Dias (PT-PI). O ex-governador do Piauí tomou posse nesta quarta-feira (1/2) como senador, mas reassumirá o Ministério do Desenvolvimento Social. Dessa forma, sua suplente, Jussara Lima, que é do PSD, ajuda a aumentar a bancada do partido como a maior.
No Senado, como os mandatos foram obtidos por meio de eleição majoritária, os parlamentares podem mudar de partido ao longo da legislatura, ao contrário do que ocorre na Câmara, onde os mandatos são conquistados por proporcionalidade e pertencem aos partidos. Por isso, as trocas no meio dos mandatos mudam as configurações das bancadas. O tamanho das bancadas no início da legislatura é importante porque nesse momento são definidos os cargos na Mesa do Senado e as presidências das comissões.
Como estão as bancadas no Senado nesse início de legislatura
PSD: 15
PL: 12
MDB: 10
PT: 9
União: 9
PP: 6
Podemos: 5
PSB: 4
Republicanos: 4
PDT: 3
PSDB: 3
Rede: 1
Fonte: Agência Senado
* Com informações da Agência Senado