
O plenário do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (24/08) a recondução de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República (PGR) com 55 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção. Ele ficará à frente da instituição por mais dois anos.
Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado já havia aprovado por 21 votos a 6, a recondução de Augusto Aras. Em 2019, em sua primeira indicação, o placar da aprovação de Aras foi de 23 votos a 3.
O procurador é apontado por críticos como um aliado do presidente Jair Bolsonaro, e tem sido cogitado como possível indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) numa próxima vaga.
Na sabatina, que durou cerca de seis horas, Aras criticou a “criminalização da política” nas investigações criminais, as forças-tarefas da Lava-Jato e até o ex-PGR Rodrigo Janot. “O modelo das forças-tarefas com pessoalização culminou em uma série de irregularidades que vieram a público, tais como os episódios revelados na Vaza Jato, a frustrada gestão de vultosas quantias arrecadadas em acordos de colaborações e em acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei”, opinou.
O procurador-geral também rejeitou as insinuações de que sua atuação esteja alinhada ao Palácio do Planalto. “O Ministério Público não é de governo e nem de oposição. É constitucional”, afirmou Aras, que, em outro trecho, salientou: “Este PGR discordou em 30% dos pedidos de liminares oriundos do governo federal e em 80% das suas manifestações em matéria de Covid e teve 80% de suas manifestações acolhidas pelo Supremo Tribunal Federal”.