
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro ouve nesta terça-feira (8/8) o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres. O ex-delegado da Polícia Federal é suspeito de omissão no comando da segurança nos atos de vandalismo na invasão nas sedes dos Três Poderes em Brasília.
À época, ele chefiava a segurança do DF, mas estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesmo destino em que o ex-presidente e seu aliado Jair Bolsonaro passava uma temporada. Quando retornou ao Brasil, no dia 14, foi preso preventivamente por meio do inquérito 4923, que investiga a omissão de autoridades nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Dias antes de ele voltar ao Brasil, em ação de busca e apreensão em sua residência, a PF encontrou uma “minuta do golpe”, que alterava o resultado das eleições. Torres nega que tenha facilitado a execução dos atos e que o documento tenha validade. Ele argumenta que a minuta é um dos documentos que recebia de diversas fortes e que iria para o lixo.
O ex-ministro tem autorização para ficar em silêncio na comissão, concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).