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Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, presta depoimento na CPMI do 8 de janeiro

Mauro Cid é o ex-ajudante de ordens acusado de ter fraudado cartão de vacina para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro

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Jair Bolsonaro ao lado de Mauro Cid / Crédito: Secom

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional ouve, nesta terça-feira (11/7), o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A CPMI investiga os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Acompanhe ao vivo o depoimento de Mauro Cid na CPMI do 8 de janeiro.

Um relatório elaborado pela Polícia Federal e entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) afirma que foram encontrados no aplicativo WhatsApp de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), elementos que “possivelmente serviram de fundamento para a confecção de uma minuta de decretação de Estado de Sítio e Garantia da Lei e da Ordem (GLO)”.

A Polícia identificou consultas a advogados, estudos sobre a possibilidade de uma intervenção militar, das Forças Armadas poderem ser acionadas como Poder Moderador, além de diversas mensagens de incentivos a um golpe de Estado, aos acampamentos antidemocráticos nas portas dos quartéis e aos atos de 8 de janeiro de 2023.

A Polícia Federal também encontrou o recebimento de três documentos por Cid do tenente-coronel Marcelino Haddad, ex-comandante do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro, com artigos e informações sobre poderes constitucionais e questionamentos feitos a Ives Gandra. Para a PF, os documentos serviriam para subsidiar o ajudante de Bolsonaro no plano de um golpe de estado.

Mauro Cid é acusado de fraudar os cartões de vacina de Bolsonaro e sua filha, Laura, incluindo no sistema que eles teriam sido imunizados contra a Covid-19.

Além disso, conteúdos encontrados pela Polícia Federal no celular do ex-ajudante de ordens sugerem a existência de saques em dinheiro e depósitos fracionados do gabinete, que seriam destinados a gastos pessoais da família do presidente.

Cid está preso desde de maio e obteve um habeas corpus para não responder a perguntas que possam incriminá-lo.

A CPMI do 8 de janeiro é formada por 16 deputados e 16 senadores, além de 32 suplentes divididos de forma igual entre as duas Casas Legilativas.

Assista ao vivo o depoimento de Mauro Cid na CPMI