acompanhe

CPI da Pandemia ouve Ricardo Barros

Barros teria sido citado pelo presidente Bolsonaro como envolvido no suposto esquema com a vacina Covaxin

Crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia abre, nesta quinta-feira (12/8), reunião para ouvir o líder do governo na Câmara e ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR).

Barros teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como envolvido no suposto esquema com a vacina Covaxin, produzida pela empresa indiana Barath Biotech e negociada pela Precisa Medicamentos com o governo.

A CPI investiga se existiu uma tentativa de vender os imunizantes ao governo em valores superfaturados para o pagamento de propinas ao parlamentar e a servidores do Ministério da Saúde. No dia 29 de julho, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cancelou a compra do imunizante. As negociações se deram durante o mandato do ex-ministro general Eduardo Pazuello.

Tudo começou quando o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), afirmou durante depoimento à CPI, que ouviu do presidente a afirmação de que a denúncia sobre a Covaxin “seria um rolo do Ricardo Barros”. O deputado da bancada do DF afirmou ainda à CPI que ao levar a denúncia ao presidente ouviu também de Bolsonaro a promessa de que o assunto seria repassado a direção-geral da Polícia Federal – fato que não se concretizou e resultou na acusação de prevaricação.

A denúncia sobre a Covaxin veio à tona quando o irmão do deputado, Luís Ricardo Miranda – ex-chefe de Importação do Departamento de Logística em Saúde e irmão do deputado – confessou, em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), que sofreu “pressão” para autorizar o pagamento por parte do Ministério da Saúde para a pessoa jurídica que intermediara a aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.