Luciano Bottini Filho

<div>A Promotoria do Rio de Janeiro quer usar a Polícia Militar contra bailes funks que incomodam moradores de Copacabana. Há cinco anos moradores próximos da comunidade do Pavão-Pavãozinho buscam se livrar do som alto noite adentro. Sem resposta do poder público, o promotor Carlos Frederico Saturnino cobrou na Justiça que uma  UPP instalada no morro desde 2009 restaure o sossego.</div>
<div></div>
<div></div>
<div>A ação, ajuizada em julho em uma das varas da fazenda pública do Rio, é contra o município e o Estado. Segundo o promotor, além da PM, a Prefeitura não está agindo a contento porque os fiscais não conseguem notificar os responsáveis pela barulheira nas madrugadas. O município o diz que "não há segurança" aos funcionários para realizar a vistoria.</div>
<div></div>
<div></div>
<div>As festas possuem alvará do munícipio. Nos bailes funks, no entanto, os equipamentos de som ficam espalhados pelas casas e não é possível identificar de onde vêm exatamente a música. Os ruídos podem ser ouvidos a uma longa de distância, para o desgosto da classe média de Copacabana que reside nas redondezas da comunidade.</div>
<div></div>
<div></div>
<div> "Imagine que a absurda poluição sonora não estivessem ocorrendo em um beco da Comunidade Pavão-Pavãozinho ou qualquer outra favela onde residem milhares de cidadãos", disse o promotor. "Imagine que a mesma poluição sonora, com a mesma frequência e intensidade, estivesse ocorrendo, na via pública, em alguma rua chic do bairro vizinho de Ipanema. Quais seriam as providências adotadas pelos réus?"</div>
<div></div>
<div></div>
<div>Antes da intervenção do Ministério Público, moradores de Copacabana fizeram abaixo-assinado e outras reclamações para órgãos da Prefeitura. De acordo com uma denúncia feita por um dos incomodados com a poluição sonora " sempre que os prejudicados entram em contato com a UPP do Pavão-Pavãozinho a fim de solucionar o problema, os militares informam que os responsáveis pelos estabelecimentos possuem permissão da Secretaria Municipal de Cultura para a realização das festas, logo, nada poderá ser feito”.</div>
<div></div>
<div></div>
<div>Nenhum dos réus foi citado da ação até agora. A Justiça só deve se manifestar sobre o pedido do promotor (multa de R$ 30 mil  por evento não contido pela polícia pacificadora) quando as respostas dos dois governos forem apresentadas.</div>


Favela

https://images.jota.info/wp-content/uploads/2021/09/copy-of-jota-logo-high-cmyk.jpeg

Promotoria pede UPP para coibir baile funk na zona Sul do Rio

Ação foi ajuizada em julho