O Ministério Público Federal apresentou recurso de apelação para que as penas de Nestor Cerveró, Fernando Baiano e Júlio Carmargo, acusados pelo envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, sejam revistas. O recurso foi encaminhado, nesta quinta-feira (17/09), ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
O pedido gira em torno das penas estipuladas da ação penal sobre irregularidades na contratação de empresas que faziam os navios-sonda. O MPF quer aumentar a pena em 2/3 e não em 1/6, como foi estipulado pelo juiz Sergio Moro, responsável pela operação Lava Jato na primeira instância .
Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, foi condenado a 12 anos e três meses de prisão e Baiano, apontado como operador de propina na Lava Jato, a 16 anos e um mês de prisão por envolvimento da fraude, corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras.
Os dois são acusados de receber 40 milhões de dólares em propina para intermediar a contratação dos navios-sonda, em 2006 e 2007. Segundo os procuradores, o pagamento de propina foi feito pelo ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo – que tem contratado de delação premiada com o MPF.
Segundo os procuradores, Cerveró agiu com “total desrespeito ao patrimônio e aos objetivos da Petrobras, fazendo da empresa um verdadeiro balcão de negócios, que servia não apenas aos seus propósitos e interesses particulares, mas também aos do grupo político que o colocou no cargo. Por essas razões, sua culpabilidade deve ser valorada negativamente”.
No recurso, os procuradores disseram ainda que Julio Camargo e Fernando Soares agiram com menosprezo aos reflexos que suas condutas teriam no processo democrático eleitoral, ante a intermediação de dinheiro ilícito que abasteceu campanhas políticas e que ajudou a manter no poder, de forma ilegítima, pessoas diretamente envolvidas e beneficiadas pelo escândalo de corrupção na Petrobras.
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JOTA

Procuradores querem aumentar penas de irregularidades na contratação de navios-sonda.

MPF pede o aumento das penas de Cerveró e Baiano

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