O Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4) passa a ter um novo comando nesta sexta-feira (19/06).  O desembargador federal Luiz Fernando Wowk Penteado assume a presidência da corte, tendo a modernização do tribunal como uma de suas prioridades.
O TRF4 é conhecido por advogados, e reconhecido por outros tribunais federais, como a corte mais tecnológica do país por receber processos eletrônicos em todas as áreas e devido à confiabilidade de seu sistema E-Proc. A adoção do sistema reduz em até 50% o tempo de tramitação dos processos, segundo o tribunal.
"Minha maior meta é aumentar a produtividade do tribunal. Acredito que isso é possível por meio do E-Proc", afirmou o desembargador Penteado.
Outra medida tomada pelo TRF4 para agilizar a resolução dos processos foi a criação da primeira vara federal de conciliação do país. A 26ª Vara Federal da capital gaúcha é responsável por intermediar demandas nas áreas cível, administrativa, fiscal e previdenciária.
"O Judiciário está em crise, precisamos de soluções imediatas para dar conta do serviço", explicou Penteado. Hoje, o tribunal conta com 27 desembargadores para julgar 3 milhões e 362 mil processos. "Não importa se vamos nomear novos desembargadores ou criar novos tribunais, precisamos agir."
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Currículo
O novo presidente começou sua carreira na Justiça Federal em junho de 2001. Penteado passou um ano atuando na 6ª Turma previdenciária, em seguida, ele trabalhou na 8ª Turma, especializada em Direito Penal, na qual permaneceu por 11 anos. Em junho de 2013, ele assumiu a vice-presidência do órgão.
O desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores assume a vice-presidência. Thompson ingressou na Justiça Federal no mesmo ano que Penteado e atuou na turma especializada em direito administrativo, cível e comercial. Desde 2013, é diretor da Escola da Magistratura do TRF4, cargo antes ocupado pelo desembargador Luiz Fernando Penteado.
Para Thompson, o Judiciário se encontra sobrecarregado porque a população não encontra outros caminhos para resolver conflitos. "Precisamos de políticas públicas que ajudem a desafogar o Judiciário. O tribunal não pode ser a única instância para resolução de conflitos", afirmou.
Os novos dirigentes pretendem dar continuidade aos projetos da gestão anterior. "Vamos continuar a modernizar e agilizar o tribunal. Nossa principal deve ser aumentar a produtividade", disse Penteado. O desembargador ocupará a presidência até junho de 2017.

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JOTA

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