Bárbara Mengardo

O juiz federal Augusto Cesar Pansini Gonçalves, da 1ª Vara Federal do Paraná, determinou o seguimento "com a máxima urgência" de uma ação popular contra a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, Eugênio Aragão.
Em seu despacho, Gonçalves avalia "inadequado" o pronunciamento de Aragão sobre afastamento de policiais quando há "cheiro" de vazamento. O ministro fez a avaliação em entrevista concedida à Folha de S.Paulo no mês passado.
A ação popular foi proposta pelo deputado federal Fernando Francischini (SD/PR), na qual ele afirma que Aragão atua "na iminência da perpetração de ato arbitrário", pois não existiria fundamento para a remoção de pessoas da cadeia de comando da Lava Jato. Para o deputado, a alteração de pessoal ocorreria "para atender a interesses políticos". Francischini é delegado federal de carreira.
Na ação, o deputado pedia uma decisão liminar para impedir que Aragão ou Dilma removessem integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Neste ponto, porém, ele não foi atendido pelo juiz federal. No dia 22 de março, Gonçalves decidiu que não caberia a concessão de liminar na 1ª instância porque a conduta de Aragão é alvo do Mandado de Segurança 22.498, em curso no Superior Tribunal de Justiça.
Segundo Gonçalves, a fala do ministro sugere "que a troca de comando na Polícia Federal não terá a finalidade de punir servidores faltosos, mas a de manietar a Operação Lava Jato".
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JOTA

Ministro terá que responder sobre ameaça de remoção de policiais federais

Justiça Federal dá seguimento a ação popular contra Dilma e Aragão

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