Democracia sob ataque

Golpistas invadem Congresso, Planalto e STF

Sem resistência da polícia, radicais depredam os prédios das três instituições

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Golpistas invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto / Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um grupo de radicais, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu, neste domingo (8/1), o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), em ato que pede intervenção militar no Brasil. 

Uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, os apoiadores de Bolsonaro, que estavam agrupados em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, marcharam para a Praça dos Três Poderes. JOTA está acompanhando ao vivo os desdobramentos das invasões.

Lá, sem resistência da polícia, passaram a depredar os prédios das instituições. Há registros de polícias fotografando e filmando as invasões em vez de agirem.

Diante do caos em Brasília, autoridades avaliam a possibilidade de se decretar intervenção federal no Distrito Federal.

O governador do DF, Ibaneis Rocha, determinou a exoneração de secretário de Segurança, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse no Twitter que repudia veementemente os “atos democráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que “os responsáveis que promoveram e acorbetaram (sic) esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei”.

Os golpistas já foram retirados do prédio do STF e do Palácio do Planalto, mas permanecem no Congresso Nacional.

O Fórum Nacional dos Governadores, em nota de repúdio, colocou-se à disposição para o envio de forças militares estaduais a Brasília.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, neste domingo (8/1), uma intervenção no Distrito Federal, na área da segurança pública, com o objetivo de conter “graves comprometimento da ordem pública”.

Mais tarde, a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou no STF uma petição em que requer uma série de medidas judiciais em resposta aos atos golpistas deste domingo (8/1) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um dos pedidos é o de prisão em flagrante de todos os envolvidos na depredação dos prédios públicos, inclusive a do ex-secretário de segurança do Distrito Federal Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro.