Letícia Paiva

Foi libertado de uma prisão italiana Leonardo Badalamenti, filho de Gaetano "Tano" Badalamenti, líder da máfia siciliana Cosa Nostra na década de 1970 e morto em 2004. Ele tem uma condenação pela Justiça brasileira e havia sido preso em agosto do ano passado; estava na prisão de Pagliarelli, em Palermo. Os juízes da segunda seção do Tribunal recursal de Palermo concordaram com a defesa de Badalamenti e rejeitaram o pedido de extradição feito pelas autoridades brasileiras. A informação foi divulgada pelo jornal italiano Corriere Della Sera.
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O pedido de extradição se deve a uma sentença por crime de tráfico de drogas do Tribunal de Justiça de São Paulo, com pena de cinco anos e dez meses de reclusão. Não há condenação na Justiça italiana, mas ele fora preso no país. “Não é obrigatório aqui, nem considerado apropriado relatar as provas e exames processuais que justificaram a sentença final de Badalamenti”, escreveram os magistrados italianos ao negar a extradição, segundo o jornal Corriere.
Eles temem que, cumprindo pena em prisões brasileiras, ele poderia ser submetido a tortura ou maus tratos. Durante o processo, o procurador-geral adjunto Carlo Marzella se mostrou favorável à extradição, enquanto os advogados Baldassare Lauria e Nino Ganci solicitaram investigações institucionais sobre as condições carcerárias no Brasil e especialmente em São Paulo.
Badalamenti se apresentava com identidade falsa de cidadão brasileiro, sob o nome de Carlos Massetti, e se dizia empresário. Ele era procurado desde 2017 pelas autoridades do Brasil. Ele havia se mudado para São Paulo para fugir das guerras internas do grupo criminoso do qual fazia parte. Também foi investigado por crimes em outros países, especialmente fraudes contra instituições financeiras.
Em 2009, em operação internacional contra o crime organizado, polícias de quatro países prenderam 20 pessoas acusadas de associação com a máfia e transações ilícitas, entre elas Leonardo Badalamenti, no Brasil. Na ocasião, ele foi apontado como chefe do grupo.
Mas, em 20 de julho de 2009, o ministro Celso de Mello, na Prisão Preventiva Para Extradição (PPE) 622, havia determinado a imediata soltura de Badalementi e o recolhimento do mandado de prisão contra ele já que na ocasião o governo brasileiro "em expediente dirigido a esta Suprema Corte, comunica que a Missão Diplomática do Estado requerente não tem mais “(...) interesse no pedido de extradição do nacional italiano LEONARDO BADALAMENTI”.

badalamenti

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JOTA

Condenado pelo TJSP por tráfico, Leonardo Badalamenti havia sido preso na Itália no ano passado. Agora ele está em liberdade

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