Bárbara Lobato

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<div>Três dias depois da chacina promovida por um atirador na boate gay Pulse em Orlando, Flórida, deixar o mundo atônito, a Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a criação de frente de países em prol da promoção dos direitos das pessoas LGBTI.</div>
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<div>Além da participação dos EUA, país onde o atentado deixou 49 mortos e 53 feridos, participam da iniciativa o Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, México e Uruguai.</div>
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<div>“Hoje assistimos ao mais sangrento tiroteio em massa da história dos Estados Unidos”, disse o presidente dos EUA, Barack Obama após a imprensa internacional noticiar o atentado.</div>
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<div>No Brasil, a presidente afastada Dilma Rousseff publicou um post no Facebook sobre ataques ocorridos na madrugada do último domingo.</div>
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<div>"Lamento a tragédia ocorrida em Orlando, nos Estados Unidos, nesta madrugada, com a morte de 50 pessoas, numa boate gay. Estamos vivendo momentos terríveis, tempos de preconceito e intolerância que ceifam vidas humanas. Vamos juntos lutar contra esta barbárie. Meus sentimentos às famílias das vítimas, ao presidente Barack Obama e ao povo dos Estados Unidos", afirmou.</div>
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<div>Já o presidente interino, Michel Temer, se manifestou no Twitter:</div>
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<div>"Quero lamentar enormemente a tragédia nos Estados Unidos que vitimou dezenas de norte-americanos. Expresso a solidariedade brasileira às famílias das vítimas desse atentado."</div>
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<div>De acordo com o Itamaraty, o Brasil tem participado ativamente das discussões para a promoção e proteção dos direitos das pessoas LGBTI em vários fóruns multilaterais.</div>
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<div>O Brasil faz parte da frente de países sobre esse mesmo tema no âmbito do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, e da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.</div>
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<div>Na declaração que formalizou o lançamento da frente da OEA, o Brasil e os demais países do grupo instam a que "o trágico atentado em Orlando sublinhe a urgência e o imperativo do trabalho conjunto pela prevenção da discriminação, da violência e do ódio contra pessoas LGBTI ou qualquer outro grupo historicamente marginalizado".</div>
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<div>Na noite de quarta-feira (16/6), durante a criação do grupo, especialistas fizeram referência ao relatório  "Violência contra Pessoas LGBTI", de 2015, em que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos indicou que “as pessoas LGBTI, ou aquelas percebidas como tal, estão sujeitas a diversas formas de violência e discriminação baseadas na percepção de sua orientação sexual, sua identidade ou expressão de gênero”.</div>
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<div>O relatório aponta que “estas situações de violência e discriminação são uma clara violação a seus direitos humanos, tal e como o reconhecem os instrumentos interamericanos e internacionais de direitos humanos”.</div>
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<div>O recém-criado grupo de países se compromete a apoiar esforços da OEA destinados a assegurar que todos os seres humanos possam viver livres da violência e da discriminação baseadas em orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, reconhecendo a importância de tratar das formas múltiplas e sobrepostas de discriminação.</div>
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<div>O grupo também se comprometeu a colaborar com as organizações da sociedade civil e outros atores sociais para promover e proteger os direitos humanos das pessoas LGBTI.</div>
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JOTA

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