Bárbara Pombo

Depois de quatro anos de disputa na Justiça, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deverá dar um desfecho no julgamento de uma das maiores brigas societárias em andamento no país, travada entre as famílias Odebrecht e Gradin. 
Foi marcada para o dia 17/12 (quinta-feira) a sessão em que o ministro João Otávio de Noronha proferirá o voto de desempate no caso.  Será a última sessão de julgamentos do ano na Corte.
Com o voto de Noronha, a 4ª Turma do STJ definirá se a disputa entre as famílias deve ser resolvida pelo Judiciário ou por meio de arbitragem.
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Sócias por 30 anos, os Gradin e os Odebrecht discutem a validade do exercício de opção de compra de uma fatia de 20,6% das ações da Odebrecht Investimentos (Odbinv) feito pela Kieppe, dos Odebrecht. Atualmente, a Odbinv está nas mãos da Graal Participações, holding dos Gradin.
Com a 4ª Turma dividida sobre o assunto e o ministro Luis Felipe Salomão impedido, Noronha - que compõe a 3ª Turma do STJ - foi convocado para destravar o placar do julgamento.
Histórico
Por enquanto, dois ministros (Raul Araújo e Marco Buzzi) votaram a favor da arbitragem – como querem os Gradin – e a ministra Isabel Gallotti a favor da solução via Judiciário – como defendem os Odebrecht.
O ministro Antonio Carlos Ferreira propôs uma solução alternativa. Afirmou que a solução seja dada pela Justiça da Bahia, por haver risco de “supressão de instância”.
Caso João Otávio de Noronha siga o voto de Gallotti, a favor da solução pela via judicial, haveria um empate.
Segundo advogados, nesse caso, o colegiado deverá declarar um voto médio.
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STJ marca para o dia 17 desfecho da disputa entre as famílias Odebrecht e Gradin

Julgamento dura três anos na Corte