Matheus Teixeira

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deixaram para 2018 a decisão sobre a manutenção da prisão preventiva de Joesley Batista, dono da JBS, e Ricardo Saud, diretor da empresa. O habeas corpus de ambos não estava na pauta desta terça-feira (19/12), mas houve uma discussão em plenário sobre a possibilidade dos ministros enfrentarem a matéria antes do início do recesso da Corte - que começa oficialmente nesta quarta-feira (20/12).
Quatro ministros sustentaram que o tema era tratado no voto proferido pelo relator, ministro Edson Fachin, no julgamento desta terça e que a Corte deveria julgar o caso. Mas ficaram vencidos. A maioria entendeu que isso foi mencionado apenas paralelamente pelo magistrado no voto dos <a href="https://www.jota.info/justica/stf-barra-ampliar-imunidade-de-temer-para-cunha-e-geddel-19122017">agravos analisados hoje pelo STF.</a>
Em meio à discussão, o ministro Marco Aurélio acabou antecipando a posição de Fachin, que havia distribuído aos colegas seu voto sobre o caso na última quinta-feira, quando o processo estava na pauta. Marco Aurélio afirmou que Fachin defenderá a manutenção da prisão de Joesley e Saud.
O relator pediu a palavra e explicou que havia distribuído dois votos aos ministros antes da sessão da semana passada, um que já havia sido lido, sobre o desmembramento da denúncia, e outro em relação à detenção dos empresários, ainda não divulgado.
Apesar do impasse, a maioria decidiu não tratar do assunto e deixar o tema para 2018. Ao final da sessão, o advogado de Joesley, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, insistiu e pediu para que os ministros julgassem ao menos uma prisão domiciliar para o empresário enquanto não é discutido o mérito da questão. Nesse ponto, porém, ficou vencido apenas o ministro Marco Aurélio. Ele sustentou que, por se tratar de um habeas corpus, o STF deveria priorizar a matéria e votar nesta terça mesmo. O restante, porém, discordou.

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Ministro Marco Aurélio antecipou o voto de Fachin e disse que o relator é favorável à manutenção da prisão

STF deixa para 2018 decisão sobre a manutenção da prisão de Joesley e Saud

Ministro Marco Aurélio antecipou o voto de Fachin e disse que o relator é favorável à manutenção da prisão