Na manhã desta quinta-feira (01/10), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges, em Belo Horizonte, no âmbito da 3ª fase da operação Acrônimo, que investiga suspeitas de financiamento irregular de campanha do atual governador de MG, Fernando Pimentel.
O JOTA entrou em contato com a assessoria da Cemig, que se manifestou dizendo que não houve buscas na empresa, apenas no escritório particular de Mauro Borges.
Segundo seu advogado pessoal, Marcelo Leonardo, houve diligência de busca e apreensão na residência de Mauro, e foram recolhidos “notebooks, tablets e outras mídias eletrônicas”.
Além disso, Borges recebeu intimação pra prestar depoimento na sede da PF, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital e “compareceu, prestou e foi liberado”.
Ainda segundo seu advogado, o caso está dentro da operação Acrônimo e se relaciona com o período em que Borges exerceu o cargo de ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, não tendo ligações com a Cemig. O depoimento, disse, foi sigiloso.
PhD em economia pela Universidade de Londres, Mauro Borges é amigo da presidente Dilma Rousseff e do governador Fernando Pimentel desde os tempos de faculdade, antes de ela abandonar os estudos para entrar na clandestinidade e lutar contra a ditadura militar.
Borges atuou no governo federal na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e, depois, como ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. Em ambos os cargos, cuidava de políticas de estímulo para diversos setores da economia, recebendo constantemente empresários e associações. Na ABDI elaborou o regime automotivo do governo Dilma Rousseff, conhecido como Inovar Auto.

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JOTA

Mauro Borges, ex-ministro e amigo de Dilma Rousseff, também foi intimado a prestar depoimento

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