O tempo caminhava lento na sessão desta terça-feira (03/11), pós feriado de Finados, na 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O relógio marcava 17h20 quando os ministros começaram a analisar o recurso especial 941.593, no qual a administração da usina binacional de Itaipu contesta indenização a um grupo de 25 lotes rurais em São Miguel do Iguaçu, cidade que margeia o lago da hidrelétrica.
Em seu voto-vista, a ministra Regina Helena Costa acabara de dar  provimento ao pedido de Itaipu, reconhecendo a prescrição do prazo de 20 anos, previsto no Código Civil, uma vez que o pedido de indenização foi ajuizado em 2004. Segundo ela, o prazo para a ação conta a partir de 1982, quando teve início o enchimento do lago.
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho abriu divergência para debater quando se instala o dano causado pela operação. Segundo ele, há muitas consequências diretas do enchimento do lago que se materializam anos depois do início de seu enchimento.
O ministro lembrou que o lago levou uma década até ficar cheio. Que a operação poderia causar danos a estruturas tempos depois. E que "ainda hoje são alagadas terras indígenas, afetando animais selvagens", seguindo o seu relato sobre a fauna que invade localidades urbanas quando isso acontece.
- Já viu isso, de onça e suçuarana aparecendo na cidade..., disse o ministro, sendo interrompido pelos colegas:
- Mas aqui no STJ?, indagaram.
- Aqui é cheio de onça, diagnosticou o magistrado.
Após risos dos colegas, o julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Benedito Gonçalves.
Em tempo: uma suçuarana foi flagrada por câmeras de segurança do tribunal caminhando ao lado do estacionamento norte do tribunal em 2012...
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JOTA

Avaliação foi feita por Napoleão Nunes Maia Filho em sessão da 1ª Turma

Ministro alerta para diversidade da fauna no Superior Tribunal de Justiça

Avaliação foi feita por Napoleão Nunes Maia Filho em sessão da 1ª Turma