Bárbara Mengardo

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou um grupo de trabalho para avaliar a legalidade dos grampos feitos a telefones de advogados na Lava Jato. A decisão foi tomada na sexta-feira (18/03), na mesma sessão em que a Ordem decidiu apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O objetivo é avaliar a interceptação ordenada pelo juiz federal Sergio Moro em linha telefônica usada pelo escritório Teixeira, Martins e Advogados, do advogado Roberto Teixeira, que defende Lula.
A ordem judicial se baseia em suspeitas sobre a atuação de Roberto Teixeira, que é suspeito da Lava Jato. Logo, segundo a Justiça, não caberia alegação de privilégio entre advogado e cliente.
O presidente da OAB, Cláudio Lamachia, salientou que a relação entre cliente e advogado é protegida por sigilo. Para ele, provas conseguidas desta forma "são nulas, porque não deveriam estar nos autos".
A OAB ainda não divulgou os integrantes ou prazos do grupo de trabalho.

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JOTA

Grupo de trabalho sobre o tema foi criado no dia 18

Lava Jato - OAB discutirá interceptação de telefones de advogados

Grupo de trabalho sobre o tema foi criado no dia 18