

Em pronunciamento ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a escolha de alterar o teto de gastos para sustentar um Auxilio Brasil de R$ 400,00 em 2022 foi no sentido de ajudar os mais vulneráveis. “Vamos ajudar os brasileiros e reduzir o ritmo do ajuste fiscal”, disse.
Segundo Guedes, o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil foi o ponto de “equilíbrio” na disputa entre as alas políticas e econômica. O ministro afirmou que na ala política se defendia valores de R$ 500, R$ 600 ou R$ 700, e que ele disse internamente que isso iria “desorganizar a economia brasileira”.
O ministro defendeu que as alterações propostas mantêm a lógica fiscal. “É uma sincronização”, afirmou. Segundo ele, revisar o teto de gastos agora (previsto para 2026), é “interessante”. “Toda a trajetória futura está equacionada”, alegou.
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Guedes confirmou ainda que Esteves Colnago assumirá a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento, conforme o JOTA antecipou. Afirmou que caberá a Colnago escolher o titular da Secretaria do Tesouro. Tratou como natural a saída de secretários ontem, chamando-os por diversas vezes de “jovens”.
O pedido de “waiver” do ministro Paulo Guedes, na noite da última quarta-feira (20/10), foi a gota d’água para a demissão dos secretários Bruno Funchal e Jefferson Bittencourt do Ministério da Economia, relatou ao JOTA uma fonte credenciada do órgão.
Antes do ministro, Bolsonaro defendeu que a solução encontrada para viabilizar o auxílio é “com responsabilidade” e que a economia seguirá “sem solavancos”.