Na noite desta quinta-feira (24/09), os procuradores Deltan Martinazzo Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e Roberson Henrique Pozzobon, integrantes da equipe de 11 membros da força-tarefa do Mistério Público Federal que investiga crimes na operação Lava Jato, receberam o prêmio anual da Global Investigations Review (GIR), categoria “órgão de persecução criminal ou membro do Ministério Público do ano”, em evento realizado em Nova York.
“Os colegas premiados juntam-se àqueles que atuaram na ação penal 470, premiados pela Associação Internacional de Procuradores em 2013, e ao procuradores do grupo Justiça de Transição, agraciados pela IAP no ano seguinte”, comentou o procurador regional Vladimir Aras, secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, parabenizando a equipe.
Os três procuradores viajaram para os EUA com dinheiro próprio.
Os 11 membros da força-tarefa são: Deltan Martinazzo Dallagnol, Antônio Carlos Welter, Carlos Fernando dos Santos Lima, Januário Paludo, Orlando Martello Junior, Athayde Ribeiro Costa, Diogo Castor de Mattos, Roberson Henrique Pozzobon, Paulo Roberto Galvão, Júlio Noronha e Laura Tessler. Andrey Borges de Mendonça, que já integrou a equipe, atua como colaborador.
GIR
O Global Investigations Review é um site de notícias que foi lançado no ano passado. O objetivo é englobar novidades legislativas, ações para aplicação da lei e mudanças regulatórias em diversos países. Além disso, a cobertura do canal envolve projetos de combate a propina, crimes financeiro, lavagem de dinheiro, antitruste, fraude e evasão fiscal.
Por meio dos prêmios, o GIR reconhece os principais investigadores e práticas de combate à corrupção e compliance no cenário internacional. EUA, Noruega, Reino Unido e Romênia também disputaram o prêmio com a força-tarefa do MPF brasileiro. Investigações famosas como a do caso FIFA também estavam no embate.
Lista de indicados
1) Brasil – Força-tarefa da Lava Jato no Paraná: por sua investigação e repressão no caso Petrobras.
2) Estados Unidos – Departamento de Serviços Financeiros de Nova Iorque: por tornar-se um dos executores mais temidos do mundo, com uma abordagem única e inflexível.
3) Estados Unidos – Gabinete do procurador do Distrito Leste de Nova Iorque: por suas investigações no caso Fifa
4) Noruega – Autoridade Nacional Norueguesa para Investigação e Ação Penal do Crime Econômico e Ambiental: por vencer o caso Yara, enviando uma mensagem para a Noruega e além
5) Reino Unido – Escritório britânico contra fraudes financeiras (SFO): pela condenação a 14 anos de Tom Hayes no caso da manipulação da taxa de referência interbancária Libor
6) Romênia – Diretório Nacional Anticorrupção: por mostrar que uma agência em um país pequeno pode atuar em grandes casos internacionais
Números da força-tarefa
Até o momento, foram feitas 31 acusações criminais contra 143 pessoas pelos crimes de corrupção contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa, lavagem de dinheiro, e outros. Além de ter sido descoberto o pagamento de propina de cerca de R$ 6,2 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão foram recuperados. Também foram propostas 5 acusações de improbidade administrativa contra 37 pessoas e empresas pedindo o ressarcimento total de R$ 6,7 bilhões.

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