O advogado Eduardo Ferrão nega que tenha rompido a sociedade com Paulo Baeta Neves em razão de depósitos feitos na conta do escritório investigados na Operação Lava Jato.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em delação premiada, afirmou que um depósito de R$ 5,7 milhões foi feito na conta do escritório. Parte do dinheiro seria, de acordo com ele, entregue ao deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), um dos investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
"A decisão de encerrar a sociedade já havia sido tomada antes desse episódio. Apenas não aceitei que ele usasse a nossa conta porque aquilo não tinha nada a ver com o escritório. Era um assunto dele, do qual ele cuidava", explicou Ferrão. "Assim que o dinheiro entrou eu imediatamente o transferi para ele", acrescentou.
Ferrão nega ainda que a separação do escritório tenha gerado desentendimento entre ele e Baeta. E afirma confiar que o dinheiro depositado era legal.
"Não houve esse desentendimento. Tenho o doutor Baeta como uma pessoa séria, uma pessoa correta. Acredito que se trate de honorários advocatícios decorrentes de um trabalho honesto", concluiu.

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JOTA

Advogado rompeu sociedade com Paulo Baeta Neves, mas nega desentendimento em razão de depósito investigado

Ferrão nega que Lava Jato motivou mudança no escritório

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