Bárbara Lobato

Após dar início a tratativas de delação premiada com a Força Tarefa da Lava Jato, a doleira Nelma Kodama, presa na deflagração da Operação Lava Jato, em março de 2014, deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no início da tarde desta segunda-feira (20/06).
A doleira vai cumprir prisão domiciliar em São Paulo, utilizando tornozeleira eletrônica. Nelma foi condenada a 18 anos prisão pelo juiz federal Sergio Moro na segunda sentença referente à operação. Nelma, segundo investigadores que atuam no caso, é peça "fundamental para esclarecer o rastro de contas bancárias no exterior, especialmente em relação a possíveis beneficiários".
Sua delacão vai ajudar a rastrear dinheiro no exterior, apostam.
Nelma Kodama ficou 2 anos e 3 meses presa. Segundo a Justiça, a movimentação ilegal operada por Nelma chegou a US$ 5.271.649,42 entre maio e novembro de 2013. Além disso, a doleira foi condenada por evasão de divisas, operação de instituição financeira irregular, tentativa de evasão de divisas, corrupção ativa e outros.
Embora tenha recorrido da sentença, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região não acatou o pedido e manteve a maior parte das condenações.
"Foi demonstrada a organização criminosa, com divisão de tarefas, sofisticação na prática delitiva e certo grau de subordinação entre os envolvidos, com o objetivo de obter vantagem econômica mediante a prática de delitos financeiros", destacou o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato no tribunal de segunda instância.

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Doleira da Lava Jato, Nelma Kodama deixa carceragem da PF em Curitiba

Ela vai cumprir prisão domiciliar