Redação JOTA

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiu indicar Alexandre Camanho para ocupar o cargo de secretário-geral do Ministério Público da União. Ele vai acumular a função com a chefia da Secretaria-geral Jurídico.
Camanho, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, foi um dos principais articuladores da campanha de Dodge ao comando da instituição. A mudança ocorre para recompor a equipe após a segunda baixa da gestão Dodge registrada na semana passada. Em uma mensagem a colegas, a procuradora Zani Cajueiro comunicou que deixou a secretária-geral.
O curto texto não deu detalhes sobre o motivo da saída, mas fala que as pessoas têm limites, nortes e padrões. E ela, disse aos colegas, não abre mão dos seus. A procuradora lamentou ainda não ter tido oportunidade de colocar em prática o que tinha almejado para o MP.
No dia 22 de setembro, o procurador regional da República Sidney Pessoa Madruga deixou o cargo de coordenador do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe). A saída ocorreu após reportagem publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” revelar conversa na qual Madruga fala para advogada da JBS sobre uma “tendência” dentro da PGR de investigar assessores do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, antecessor de Dodge.
Segundo a assessoria do órgão, a saída teve por objetivo “evitar ilações impróprias e indevidas” sobre o procurador.
A PGR afirmou que Madruga “não atua em matéria criminal e não teve acesso a nenhuma investigação ou ação penal conduzidas pela atual equipe do Grupo de Trabalho da Lava Jato, em Brasília”.

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Ele substitui colega que deixou cargo falando em limites e padrões.

Dodge escolhe Camanho como novo secretário-geral

Ele substitui colega que deixou cargo falando em limites e padrões.