Índice Global de Inovação

Brasil avança 5 posições e volta a figurar entre as 50 economias mais inovadoras

O país ocupa o 49° lugar entre os 132 avaliados, segundo o Índice Global de Inovação; a colocação é a melhor desde 2011

economias mais inovadoras
Crédito: Pixabay

O Brasil avançou cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI), na comparação com o ranking de 2022, e agora ocupa o 49° lugar entre 132 países. Com o avanço, o país volta, após 12 anos, a figurar entre os 50 mais inovadores e passa a ser o primeiro colocado da América Latina, posição que o Chile ocupava no ano passado. A melhor posição do Brasil no ranking do IGI foi em 2011, quando ocupou o 47° lugar.

Hoje, os dez países mais bem avaliados no índice são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul. Os dados serão divulgados nesta quarta-feira (27/9), na abertura do 10° Congresso Internacional de Inovação da Indústria, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Sebrae, no São Paulo Expo.

A classificação é anualmente divulgada, desde 2007, pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Insituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais. No caso do Brasil, a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), parceiras na produção e divulgação do índice desde 2017.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, avalia que o Brasil possui condições de crescer anualmente no ranking, por meio de investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação. “A posição do Brasil no Índice Global de Inovação vem melhorando nos últimos anos. No entanto, temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação, atingir o objetivo de integrar os setores científico e empresarial e, consequentemente, promover maior inovação”, afirma Andrade.

Liderança na América Latina

Os dados divulgados mostram o Brasil na liderança entre os países da América Latina e Caribe, depois de 12 anos fora do recorte das 50 economias mais bem classificadas no IGI. Com a nova colocação de economia mais inovadora da região, o país despontou pela primeira vez o Chile, que aparece em 52° lugar. Em seguida, aparece o México, ocupando a 58ª posição.

Comparado aos países que compõem o bloco econômico do BRICS, o Brasil aparece em terceiro lugar, ficando à frente da Rússia (51° lugar) e África do Sul (59° lugar). Os mais bem colocados do bloco são a China, que ocupa a 12ª colocação de economia mais inovadora, e a Índia, que se encontra na 40ª colocação do ranking do IGI.

Potencial do Brasil para liderar ecoinovação

O tema do Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que ocorre nesta quarta (27/9) e quinta-feira (28/9) em São Paulo, é a ecoinovação. Uma pesquisa divulgada no início da semana pela CNI revela que quase metade das indústrias nacionais têm projetos ou planos de ação envolvendo ecoinovação.

Na região da América Latina, o Brasil desempenha um papel de liderança entre os países que buscam operar com a tecnologia verde. Os depósitos de patentes verdes no Brasil têm respondido por mais da metade do total de pedidos dos escritórios latino-americanos analisados.

A CNI aponta que o país enfrenta a oportunidade histórica de se tornar um líder verde globalmente, bem como apresenta uma participação maior de patentes verdes em comparação com as principais economias: 16,1% no Brasil versus 14,9% nos EUA, 14,3% na UE e 15,3% na China. Entretanto, esse diferencial vem caindo nos últimos anos.

Para os organizadores do IGI, segundo a CNI, o Brasil precisa estabelecer uma cultura de ecoinovação, o que envolve aumentar a propensão das empresas para assumir riscos, mas também reforçar o apoio governamental à inovação verde. As áreas de gestão de resíduos, conservação de energia, energia alternativa e transporte oferecem capacidades inovadoras promissoras na indústria brasileira.

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