Coronavírus

”Ainda estamos na segunda onda”, diz coordenador do Centro de Contingência de SP

Equipe descarta terceira onda da pandemia, mesmo com alta dos casos e confirmação de variante indiana

Equipe de SP alerta para alta dos casos de Covid, mas descarta terceira onda. Foto: Governo de São Paulo

O coordenador executivo do Centro de Contingência de São Paulo, João Gabbardo, afirmou nesta quarta-feira (26/5), que o estado ainda está na segunda onda de casos da pandemia do coronavírus.  Gabbardo reiterou, durante a coletiva de imprensa da equipe do governo paulista sobre a situação da pandemia, que ainda há “circulação alta do vírus”, com novas infecções e internações.

“Na verdade, ainda estamos na segunda onda, não concluímos a segunda onda (….) No nosso entendimento, os indicadores não mostram a terceira onda no estado de São Paulo. Pode acontecer? Pode. Mas neste momento não há nenhum indicativo para fazer esta afirmação”, disse Gabbardo.

Ele alertou que “pode haver algum recrudescimento nas próximas semanas”, com incremento dos casos e expectativa de melhora a partir do fim de junho e início de julho, segundo projeções do Centro de Contingência. A melhora é esperada devido à expansão da vacinação nos grupos prioritários.

O coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, reforçou que ainda “temos uma situação de alta do vírus”, mas também descartou a existência de uma terceira onda de contaminações.

A estabilização da pandemia em patamares elevados motivou a prorrogação pelo governo paulista da chamada fase de transição por duas semanas. Até 14 de junho, o horário e capacidade de atendimento do comércio permanece no nível atual e com toque de recolher das 21h às 5h.

“Os indicadores da pandemia recomendam cautela neste momento, e é cautela que nós estamos adotando”, afirmou o governador João Doria.

Variante confirmada em SP

Sobre a cepa indiana, que teve o segundo caso do país confirmado pelo governo paulista na manhã desta quarta (26), a equipe ressaltou que o surgimento de uma variante não significa o início de uma nova onda de infecções, mas o estado está trabalhando com a Anvisa no monitoramento dos portos e aeroportos.

O caso de infecção com a variante indiana B.1.617.2 do coronavírus em São Paulo foi identificado após sequenciamento genético realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, a partir de material colhido pela equipe de monitoramento da Anvisa no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O caso é de um brasileiro que mora em Campos dos Goytacazes (RJ), passou pela Índia e desembarcou no último dia 22 de maio, em São Paulo. O passageiro embarcou em voo doméstico para o Rio de Janeiro, antes de sair o resultado positivo para a variante. Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, não há registros de transmissão local da cepa no estado.

O primeiro caso de registro da variante indiana no Brasil foi identificado na semana passada no estado do Maranhão. O paciente é indiano e continua internado em UTI da rede privada na capital São Luís, com quadro clínico grave.