

O governo decidiu optar pelo caminho da reoneração de tributos sobre combustíveis, mas ainda não foi definida de que forma isso se dará. O Ministério da Fazenda está trabalhando com manutenção de R$ 28 bilhões de arrecadação com combustíveis.
A modelagem está ainda em discussão pela equipe econômica e há perspectiva de que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) dê mais detalhes sobre o assunto ainda nesta segunda-feira (27/2), uma vez que é preciso tomar uma decisão até esta terça-feira. O que o governo afirma é que a reoneração maior será para combustível fóssil.
A discussão sobre uma possível prorrogação da desoneração tem dividido a ala econômica e a política do governo. A ala política teme que a inflação provocada pela medida afete a popularidade de Lula e defendia mais dois meses de imposto zero, sob o argumento que somente em abril a Petrobras poderá mudar sua política de preços.
Na semana passada, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, escreveu no Twitter que reonerar os combustíveis seria descumprir uma promessa de campanha. É creditada à Gleisi a mudança de opinião do governo no final da transição sobre o assunto. Prestes a assumir o Ministério da Fazenda, Haddad chegou a pedir ao governo Bolsonaro que não prorrogasse a isenção, mas, no dia 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou medida provisória em que definia que os impostos federais que incidem sobre a gasolina, o álcool, querosene de aviação e gás natural veicular permanecessem zerados até o dia 28 de fevereiro.