Luiza Stievano

<p>O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/luiz-marinho">Luiz Marinho</a>, atribuiu a queda de 20% na geração de empregos em janeiro à <a href="https://www.jota.info/stf/do-supremo/fachin-nega-seguimento-a-acao-do-pdt-contra-aumento-da-taxa-selic-pelo-banco-central">alta na Taxa Selic</a> pelo Banco Central (BC) que se iniciou em dezembro.</p>
<p>Questionado pelo <strong>JOTA</strong>, Marinho salientou que o aumento dos juros freia investimentos e "estrangula" o orçamento do governo, além de inibir o crescimento da economia em 2025. O ministro defendeu controlar a inflação através da oferta, produzindo mais, em vez de aumentar juros que, por consequência, diminui a capacidade de consumo da população. Como fazer isso, porém, ele não explicou.</p>
<h3><a href="https://conteudo.jota.info/marketing-lp-newsletter-ultimas-noticias?utm_source=jota&amp;utm_medium=lp&amp;utm_campaign=23-09-2024-jota-lp-eleicoes-2024-eleicoes-2024-none-audiencias-none&amp;utm_content=eleicoes-2024&amp;utm_term=none"><span style="font-weight: 400;">Assine gratuitamente a newsletter Últimas Notícias do JOTA e receba as principais notícias jurídicas e políticas do dia no seu email</span></a></h3>
<p>O Brasil criou 137.303 postos de trabalho em janeiro de 2025, 20% menor do que em janeiro do ano passado. O resultado, porém, veio acima das expectativas dos agentes de mercado, que nas últimas semanas variaram de 50 mil a 100 mil vagas. E indica que o desaquecimento da economia é menos intenso do que o setor financeiro entende como necessário para derrubar a inflação.</p>
<p>Marinho acusou o mercado de apostar contra o Brasil e sinalizou que essa alta indicada pelo BC foi para "atender as ânsias do mercado". Segundo ele, há uma crença no governo de que a economia brasileira continuará crescendo, apesar do aumento de juros realizado pelo BC.</p>
<p>Ele criticou o que considera falta um alinhamento entre os estímulos do governo via crédito na economia e a política monetária do BC. A harmonização defendida pelo ministro vai em direção oposta ao que o BC tem defendido, que é de reduzir estímulos para baixar a inflação.</p>
<h3><b data-stringify-type="bold">Saque-aniversário do FGTS</b></h3>
<p>Ao esclarecer sobre a medida provisória, que será publicada nesta sexta-feira (28/2), Marinho explicou que o <a href="https://www.jota.info/executivo/liberacao-de-fgts-renova-temores-de-que-governo-nao-aceitara-desaceleracao-da-atividade">pagamento do saldo retido do FGTS</a> se dará em parcelas. O montante de R$ 12 bilhões será pago no dia 6 de março para quem possui até R$ 3 mil. Para quem tem um saldo maior do que este valor, receberá o pagamento 110 dias depois, em julho. Estima-se que do valor total, metade, ou seja, em torno de R$ 6 bilhões, já seja injetado na economia neste primeiro momento, o que dilui um pouco a contradição com o momento de alta da inflação nesse momento.</p>
<p>Ao ser questionado sobre o fim da modalidade, pleito do ministro desde o início do governo, Marinho admitiu que não há um ambiente para levar a proposta adiante e indicou o Congresso como principal impedimento. "Hoje o presidente da Câmara foi o relator deste projeto no Congresso durante o governo anterior", disse.</p>
<h3><b data-stringify-type="bold">Consignado privado</b></h3>
<p><b data-stringify-type="bold"></b>O ministro afirmou que a medida provisória que vai <a href="https://www.jota.info/executivo/fala-de-lula-sobre-bancos-publicos-mira-consignado-privado-e-renovacao-de-linhas-atuais">ampliar o crédito consignado privado</a> será publicada na semana após o Carnaval. A medida é uma das apostas do governo para baratear o crédito e ampliar a renda das famílias, sobretudo em 2026.</p>


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JOTA

Brasil criou 137,3 mil postos de trabalho em janeiro de 2025, uma redução de 20% comparado ao mesmo mês em 2024

Marinho atribui queda da criação de empregos à alta na taxa de juros

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