Executivo

Governo prepara antecipação do anúncio do reajuste do salário mínimo

Medida deve ser confirmada junto com outras iniciativas, como reajuste na faixa de isenção do imposto de renda

Apostas, dívida
Crédito: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
logo do jota pro poder, na cor azul royal

O governo prepara a antecipação do anúncio do reajuste de novo aumento do salário mínimo. Originalmente previsto para maio, a ideia agora é fazer algo nas próximas semanas, elevando o valor dos atuais R$ 1.302 para em torno de R$ 1.320, e anunciar a medida junto com um reajuste na faixa de isenção do imposto de renda (provavelmente para dois salários mínimos) e o programa de renegociação de dívidas, o Desenrola.

Foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reajustar o valor para R$ 1.320 ainda neste ano. A antecipação desse anúncio e o conjunto de medidas evidenciam a preocupação do governo em reativar o crescimento, que, na análise dos economistas do Executivo e também do mercado, está em processo de desaceleração. O governo ainda faz ajustes nas medidas para anunciá-las em breve.

No dia 18 de janeiro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, havia afirmado que o salário mínimo permaneceria em R$ 1.302 pelo menos até maio. Naquele mesmo dia, o governo montou um grupo de trabalho, incluindo representantes sindicais, para discutir uma política de correção do salário mínimo. O funcionamento do grupo seria de 45 dias para concluir uma proposta, prorrogáveis por igual período.

“Neste momento, o salário mínimo vale R$ 1.302. O despacho é: estamos instituindo um grupo de trabalho que discutirá a política de valorização do salário mínimo. (…) Hoje, é R$ 1.302 e maio pode ser que haja alteração a partir desse trabalho que vamos construir”, declarou o ministro do Trabalho à época.

O valor do salário mínimo é aplicável a todos os trabalhadores, do setor público e privado, como também para as aposentadorias e pensões.

A correção do valor do salário mínimo atual, de R$ 1.302, considerou uma variação estimada de 5,81% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período de janeiro a dezembro de 2022, com mais um ganho real em torno de 1,5%.