Daniel Marcelino

<p>A aprovação do presidente <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/lula">Luiz Inácio Lula da Silva</a> (PT) subiu dois pontos em outubro e chegou a 48%, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8/10). A desaprovação recuou para 49%, dois pontos abaixo do índice registrado em setembro, quando era 51%. A melhora foi puxada por eleitores em segmentos decisivos, como centro político, mulheres e adultos de meia-idade.</p>
<p>Lula chega a um ano da eleição com saldo entre aprovação e desaprovação quase neutro: –1 ponto. Levar o saldo para o campo positivo é decisivo para o presidente conseguir afastar rivais competitivos e ampliar suas chances de reeleição no próximo ano.</p>
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<p>O levantamento ouviu 2.004 eleitores em todo o país entre 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança, de 95,45%.</p>
<p>Confira abaixo os principais destaques da pesquisa.</p>
<h3>Centro e eleitorado feminino impulsionam recuperação de Lula</h3>
<p>A aprovação do presidente Lula voltou a crescer em outubro e chegou a 48%, segundo pesquisa Genial/Quaest. A desaprovação recuou para 49%, retomando o patamar observado em janeiro. O movimento é sustentado principalmente por eleitores sem posição política declarada, mulheres e adultos entre 35 e 59 anos.</p>
<p>Entre as mulheres, a aprovação subiu de 48% para 52%, enquanto a rejeição caiu de 48% para 45%. Na faixa de 35 a 59 anos, Lula alcança 51% de aprovação, superando a desaprovação (46%). Entre eleitores menos ideológicos, a rejeição caiu de 50% para 48%, gerando empate técnico com 46% de aprovação. A leitura detalhada da avaliação geral do governo também mostra melhora: 33% classificam a gestão como ótima ou boa (eram 31% em setembro), 37% como ruim ou péssima (eram 38%) e 27% como regular.</p>
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<h3>Comparação com Bolsonaro volta a favorecer o presidente</h3>
<p>A percepção sobre Lula frente ao governo anterior melhorou. Caiu de 51% para 42% o percentual dos que consideram a atual gestão pior que o esperado, enquanto subiu de 14% para 20% a fatia que acha o governo melhor do que imaginava. O chamado “espelho Bolsonaro” segue sendo fator central para estruturar opiniões, especialmente entre eleitores sem alinhamento político definido.</p>
<h3>Isenção do Imposto de Renda recebe apoio maciço</h3>
<p>A reforma do Imposto de Renda foi a notícia mais conhecida entre os entrevistados: 68% disseram ter ouvido falar da medida que isenta quem ganha até R$ 5 mil e cria alíquota de 10% para rendas acima de R$ 600 mil. O apoio é amplo: 79% defendem a isenção e 64% concordam em taxar os mais ricos. Para 41%, a mudança trará melhora importante nas finanças pessoais – expectativa compartilhada até por 36% dos bolsonaristas.</p>
<h3>Economia influencia, mas ainda não decide o jogo político</h3>
<p>A percepção sobre a economia mostra sinais mistos. 43% acreditam que a situação vai melhorar nos próximos 12 meses, contra 40% em setembro. Já a fatia que espera piora caiu de 37% para 35%. Ainda assim, prevalece a visão pessimista sobre o rumo do país: 56% acham que o Brasil está na direção errada, enquanto apenas 36% acreditam que segue no caminho certo.</p>
<h3>Encontro com Trump fortalece imagem de Lula</h3>
<p>Quase metade dos eleitores (49%) acredita que Lula saiu politicamente mais forte do encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump. Apenas 27% avaliam que ele saiu mais fraco. Entre eleitores sem posição definida, o saldo também é positivo: 44% veem fortalecimento e só 25% enxergam enfraquecimento. Os números foram coletados antes do telefonema entre os dois líderes, ocorrido em 6 de outubro.</p>
<h3>PEC da Blindagem gera pouco engajamento popular</h3>
<p>O debate sobre a PEC da Blindagem, que pretendia alterar o foro de parlamentares, passou quase despercebido pela maioria. 54% não sabiam da votação, 60% ignoraram a aprovação na Câmara e 62% desconheciam a rejeição no Senado. Mesmo assim, entre quem acompanhou, 39% acreditam que o governo saiu mais forte após as manifestações contrárias e 30% acham que saiu enfraquecido. O baixo engajamento mostra que o tema não mobilizou amplamente o eleitorado.</p>
<h3>Segurança segue como maior preocupação nacional</h3>
<p>A agenda da segurança pública continua dominando o debate. A preocupação com violência subiu de 28% para 30%entre os brasileiros. Questões sociais caíram de 19% para 18%, temas econômicos ficaram estáveis em 16% e a corrupção oscilou de 13% para 14%. O dado reforça que a sensação de insegurança segue como principal temor da população e pauta central para o debate eleitoral.</p>


Lula Quaest

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JOTA

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