Daniel Marcelino

A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2024 expõe fissuras na aprovação do presidente <a href="https://www.jota.info/eleicoes/lula-trajetoria-sindical-e-politica-ex-presidente-busca-derrotar-bolsonaro-eleicoes-2022">Luiz Inácio Lula da Silva</a> (PT), com quedas significativas em segmentos-chave do eleitorado. Atualmente, 51% dos brasileiros aprovam o governo, enquanto a desaprovação subiu para 45%. Em julho, Lula havia registrado seu maior índice de aprovação do ano, com 54%, enquanto a desaprovação era de 43%. 
Pelos números aferidos, as maiores quedas na aprovação de Lula ocorreram entre adultos (de 56% para 51%), eleitores com mais de 60 anos (de 59% para 49%), pessoas com nível superior (de 59% para 51%) e, de forma mais significativa, entre aqueles que ganham até dois salários mínimos – tradicionalmente uma de suas bases mais fiéis – cuja aprovação caiu de 69% para 62%.
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Outro indicador de popularidade, a avaliação geral do governo, também mostra sinais de deterioração. A aprovação expressamente positiva caiu de 36% em julho para 32%, enquanto a avaliação negativa passou de 30% para 31%. Além disso, o número de eleitores que não percebem diferença no governo Lula aumentou para 33%, ante os 30% registrados na pesquisa anterior.
A pesquisa revela um eleitorado dividido quanto ao rumo do país: 43% acreditam que o Brasil está no caminho certo, contra 47% que discordam. Um dado curioso é o aumento expressivo – além da margem de erro – dos que equiparam o governo Lula ao de Bolsonaro: de 8% em julho para 22% agora, sinalizando uma possível erosão da narrativa de mudança.
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O levantamento foi conduzido presencialmente entre os dias 25 e 29 de setembro de 2024, com 2.000 pessoas com 16 anos ou mais de todos os estados. A margem de erro para os resultados gerais é de 2 pontos percentuais, com 95% de confiança.
<h3>'É a economia, estúpido'</h3>
Retrospectiva: A percepção sobre a economia parece ser o calcanhar de Aquiles do governo. Para 41% dos entrevistados, a situação piorou nos últimos 12 meses - um aumento de 5 pontos percentuais desde julho. A percepção de alta nos preços de itens essenciais também é generalizada: 65% apontam aumento nos alimentos, 59% nos combustíveis e 64% nas contas de água e luz.
Prospectiva: 45% ainda esperam uma melhora econômica nos próximos 12 meses, um recuo em relação aos 52% que acreditavam nisso em julho. Por outro lado, o pessimismo cresceu: 36% agora esperam piora, ante 27% na pesquisa anterior. 
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Apesar dos ventos contrários, o Planalto pode encontrar algum alento nos programas sociais — principal marca dos governos Lula. O recém-lançado "Pé de Meia" lidera o ranking de notícias positivas com 19%, seguido pelo Bolsa Família (14%) e o Programa Desenrola (10%). Essa tríade pode ser a tábua de salvação para reconquistar o eleitorado mais vulnerável economicamente, um grupo-chave para a sustentação de sua popularidade.
Em síntese, com a margem de erro de 2 pontos percentuais, o cenário ainda é de empate técnico em muitos quesitos. No entanto, a tendência de queda na popularidade em segmentos cruciais acende um alerta vermelho no Planalto. A habilidade de Lula em reverter essa maré pode definir o sucesso - ou o fracasso - de seu terceiro mandato.

presidente da republica luiz inacio lula da silva

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JOTA

A queda em segmentos-chave acende alerta no Planalto. Habilidade de Lula em reverter essa maré pode definir o sucesso – ou fracasso – do terceiro mandato

Genial/Quaest: Aprovação de Lula cai para 51%, desaprovação aumenta para 45%

A queda em segmentos-chave acende alerta no Planalto. Habilidade de Lula em reverter essa maré pode definir o sucesso – ou fracasso – do terceiro mandato