Os líderes dos Três Poderes emitiram nota conjunta em defesa da democracia após reunião na manhã desta segunda-feira (9/1) em que discutiram os atos radicais que culminaram no vandalismo de prédios do Executivo, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Eles retornaram ao local para demonstrar que as instituições não foram abaladas. O JOTA está acompanhando ao vivo os desdobramentos das invasões do Congresso, Senado e STF.
“Estamos unidos para que providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras”, afirmam no texto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP); o presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB); e a presidente do STF, Rosa Weber.
Eles afirmam rejeitar os “atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas” que eclodiram em Brasília por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e favoráveis a uma intervenção militar. Também pediram para a sociedade manter a serenidade em defesa da paz e da democracia.
No domingo (8/1), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia determinado uma intervenção no Distrito Federal, na área da segurança pública, com o objetivo de conter “graves comprometimento da ordem pública”. Segundo o decreto, a intervenção perdurará até o dia 31 de janeiro. O decreto nomeia Ricardo Garcia Cappelli como interventor. Ele é secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Já o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo prazo de 90 dias. Na mesma decisão, Moraes também ordena a desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos nas imediações de quartéis, além da prisão em flagrante de seus participantes pelos crimes de atos terroristas (inclusive preparatórios), associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.