A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou uma nova ação pedindo o bloqueio de bens dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro que terminaram com a depredação de prédios públicos em Brasília. Dessa vez, a AGU pede que mais 40 pessoas físicas tenham os bens bloqueados para o pagamento dos prejuízos calculados em R$ 18,5 milhões — a ação corre em sigilo e não há informações sobre quem seriam essas pessoas.
Segundo informações da AGU, algumas dessas pessoas tiveram a prisão preventiva mantida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a análise das atas de audiência de custódia realizadas na semana passada.
Somando essa ação com a já ajuizada anteriormente, a AGU requer, no total, o bloqueio de bens de 92 pessoas e sete empresas, sendo que a União conseguiu uma liminar na primeira ação e 42 pessoas e sete empresas estão com os bens bloqueados. Na ação, a AGU pede para que as duas ações tramitem juntas.
A nova peça foi elaborada a partir de documentos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da decisão de Moraes que decretou a prisão preventiva dos acusados. A AGU defende que essas pessoas participaram da materialização dos atos de invasão e depredação de prédios públicos federais, tanto que por isso foram presas em flagrante como responsáveis pelos atos de vandalismo.
Ainda segundo a AGU, esse grupo participou ativamente em atos ilícitos dos quais, mais que os danos materiais ao patrimônio público federal, resultaram danos à ordem democrática e à imagem brasileira.