Redação JOTA

<p>Todos os ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (<a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/tse">TSE</a>) desde 1988 assinaram uma nota em defesa do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas e contra a impressão do voto. "O voto impresso não é um mecanismo adequado de auditoria a se somar aos já existentes por ser menos seguro do que o voto eletrônico, em razão dos riscos decorrentes da manipulação humana e da quebra de sigilo", afirmam.</p>
<p>Além dos ex-presidentes da Corte Eleitoral, também assinam o atual presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e os dois próximos presidentes, Edson Fachin e Alexandre de Moraes. O único ministro do STF que não assina a nota é Nunes Marques, o único indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até o momento.</p>
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<p>Eles afirmam que o "Tribunal Superior Eleitoral, como organizador das eleições, conseguiram eliminar um passado de fraudes eleitorais que marcaram a história do Brasil, no Império e na República".</p>
<p>Os ex-presidente da Corte Eleitoral e os ministros do STF se mostram preocupados com a contagem pública manual de cerca de 150 milhões de votos, o que "significará a volta ao tempo das mesas apuradoras, cenário das fraudes generalizadas que marcaram a história do Brasil"</p>
<p>Eles lembram que as urnas eletrônicas são auditáveis em todas as etapas do processo, antes, durante e depois das eleições. "Todos os passos, da elaboração do programa à divulgação dos resultados, podem ser acompanhados pelos partidos políticos, Procuradoria-Geral da República, Ordem dos Advogados do Brasil, Polícia Federal, universidades e outros que são especialmente convidados", afirmam. Outro ponto destacado pela nota é que as eletrônicas não entram em rede e não são passíveis de acesso remoto, por não estarem conectadas à internet. <a href="https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/arquivos/nota-dos-presidentes-1ago2021/rybena_pdf?file=https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/arquivos/nota-dos-presidentes-1ago2021/at_download/file">Leia a íntegra da nota</a>.</p>
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"A Justiça Eleitoral, por seus representantes de ontem, de hoje e do futuro, garante à sociedade brasileira a segurança, transparência e auditabilidade do sistema. Todos os ministros, juízes e servidores que a compõem continuam comprometidos com a democracia brasileira, com integridade, dedicação e responsabilidade", concluem os ministros e ex-ministros.</p>
<p>Defensor da impressão do voto, Bolsonaro voltou a atacar Barroso nesta segunda-feira (2/8). "Quem quer eleição suja e não democrática é o ministro Barroso. Esse cara se intitula como quem não pode ser criticado. Ele foi para dentro do Parlamento fazer lobby”, atacou o presidente da República.</p>
<p>Na última semana, em live, Bolsonaro havia feito ataques ao sistema eleitoral e voltou a levantar suspeitas infundadas sem mostrar uma única prova sequer.</p>


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JOTA

Dos atuais ministros do STF, apenas Nunes Marques não assina nota em defesa das urnas eletrônicas

Voto impresso não é adequado como auditoria, dizem ex-presidentes do TSE desde 88

Dos atuais ministros do STF, apenas Nunes Marques não assina nota em defesa das urnas eletrônicas