As eleições municipais de 2024 vão definir os prefeitos e vereadores para os próximos quatro anos de mandato. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já definiu as datas do pleito: 6 de outubro (1º turno) e 27 de outubro (2º turno).
Em Curitiba, caciques da política local já se apresentam como pré-candidatos ao Executivo, como Beto Richa (PSDB) e Luciano Ducci (PSB), ambos ex-prefeitos. O atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD) também planeja se lançar na disputa.
A presença ou ausência de Deltan Dallagnol pode rearranjar os planos políticos dos concorrentes. Pesquisas recentes de intenção de voto colocavam o ex-procurador da República em 1º lugar.
Também despontam nomes à esquerda do espectro político, como Carol Dartora (PT) e Goura (PDT), mas ainda nãohá confirmação de aliança entre os partidos. O PT não definiu quem será o pré-candidato, e reluta em abrir mão da cabeça de chapa, uma vez que nunca ocupou a prefeitura de Curitiba, cidade onde a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é baixa.
Veja quem são os possíveis pré-candidatos à prefeitura de Curitiba em 2024:
Eduardo Pimentel (PSD)
Eduardo Pimentel, 39 anos, é o atual vice-prefeito de Curitiba, cargo que acumula com o de secretário das Cidades. Em 2016, chegou à vice-prefeitura na chapa com Rafael Greca (PMN), e repetiram a parceria no pleito de 2020. Antes, foi eleito suplente de deputado estadual em 2010 pelo PSDB. O empresário é natural da capital paranaense e se formou em Administração. Ele é neto do ex-governador Paulo Pimentel. Pimentel tem o apoio do atual governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) para lançar a pré-candidatura a prefeito de Curitiba.
Ney Leprevost (União Brasil)
Ney Leprovest, 50 anos, é formado em Administração, mas atuou como apresentador de programas de rádio e TV. Nascido em Curitiba, ingressou na política partidária em 2004, aos 22 anos, quando foi eleito o mais jovem vereador da cidade. Depois, foi deputado estadual por três vezes, entre 2006 e 2018. No pleito seguinte, Leprovest se elegeu deputado federal, mas pediu licença do cargo para assumir a secretaria de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos do Paraná, sob o governo de Ratinho Junior. Leprovest retornou à Câmara dos Deputados em 2020. Nas últimas eleições, conquistou a vaga de deputado estadual. Em 2024, pretende ser pré-candidato ao Executivo local.
Paulo Martins (PL)
Paulo Martins, 42 anos, é natural de Presidente Venceslau (SP). O jornalista foi âncora em programas da TV aberta no Paraná. Com posicionamento declarado à direita, Paulo Martins chegou à Câmara dos Deputados como suplente em 2016. Na eleição de 2018, conquistou a vaga de titular na Casa. Contudo, no pleito de 2022, concorreu a uma cadeira no Senado e foi derrotado nas urnas por Sergio Moro (União). O PL já demonstrou a intenção de lançá-lo pré-candidato à prefeitura da capital.
Beto Richa (PSDB)
Beto Richa, 58 anos, é natural de Londrina (PR) e graduado em Engenharia Civil. Filho do ex-governador do Paraná, José Richa, ele já ocupou diversos cargos políticos pelo estado. Começou como deputado estadual de 1994 aos anos 2000, em seguida, foi vice-prefeito da capital até 2004. Na eleição seguinte, assumiu o comando da cidade. Foi reeleito e permaneceu na prefeitura até 2010. Nas eleições daquele ano, conquistou a cadeira de governador do Paraná, cargo que exerceu por dois mandatos. Atualmente, é deputado federal pelo estado. Richa pretende retornar à prefeitura, por isso, começou a articular a pré-candidatura ao Executivo local.
Luciano Ducci (PSB)
Luciano Ducci, 68 anos, pode estar entre os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba no ano que vem. O deputado federal, que é o presidente do PSB no Paraná, ainda não confirmou a intenção, mas a tendência é que encaminhe seu nome à disputa. Ducci é natural da capital paranaense, onde trabalhou como pediatra antes de ingressar na política. Além de Medicina, ele também estudou Administração Pública. Com esse histórico, foi secretário municipal de Saúde entre 1998 e 2002. Nas eleições de 2010, foi eleito prefeito de Curitiba. Em 2014, conquista uma cadeira na Câmara dos Deputados, onde exerceu outros três mandatos.
Carol Dartora (PT)
Carol Dartora, 40 anos, nasceu em Curitiba, onde se formou em História e atuou como professora. Ela é militante da Marcha Mundial das Mulheres e do Movimento Negro. Em 2020, Dartora foi a primeira mulher negra eleita para a Câmara de Vereadores da capital paranaense. No pleito daquele ano, ficou em 3º lugar na disputa, e acumulou 8.874 votos. Nas eleições de 2022, foi eleita deputada federal. Agora, Dartora se coloca como pré-candidata à prefeitura, mas o partido ainda não indicou quem será o nome indicado ao pleito. Outros possíveis candidatos são o deputado federal Zeca Dirceu, Ângelo Vanhoni e Renato Freitas.
Goura (PDT)
Goura Nataraj, 43 anos, é natural de Curitiba e se formou em Filosofia. Ele é ativista pela causa ambiental e um dos fundadores da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu. Estreou na política partidária em 2014, quando disputou uma vaga de deputado federal, mas perdeu. Em 2016, foi eleito para a Câmara de Vereadores de Curitiba. No pleito de 2018, concorreu a deputado estadual e foi eleito para o primeiro de dois mandatos no cargo. Em 2020, ficou em 2º lugar na disputa pelo Executivo local. Com isso, o parlamentar já se afirma pré-candidato à Prefeitura de Curitiba.
Luizão Goulart (Solidariedade)
Luiz Goularte Alves, 61 anos, é presidente estadual do Solidariedade e afirma que quer ser pré-candidato à Prefeitura de Curitiba. Goulart é natural de Jandaia do Sul (PR), onde trabalhou na lavoura e depois como mecânico. Na sequência, estudou Filosofia e iniciou uma carreira como professor. Nos anos 2000, Goulart foi eleito vereador em Pinhais (PR) pelo PT. Oito anos depois, venceu a disputa à prefeitura do município, que exerceu por dois mandatos. No pleito de 2018, foi eleito deputado federal. Contudo, não se reelegeu em 2022.
Deltan Dallagnol (Novo)
Deltan Dallagnol, 43 anos, nasceu em Pato Branco (PR). Formado em Direito, foi procurador do Ministério Público Federal em Curitiba. Durante seis anos, coordenou as investigações da Operação Lava-Jato, mas deixou o MPF em 2020. Nas eleições de 2022, conquistou uma vaga à Câmara dos Deputados pelo Podemos como o deputado federal mais votado do estado. No entanto, ficou menos de cinco menos no cargo. Em maio deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu pela cassação do registro de candidatura de Dallagnol. Por isso, ele perdeu o mandato. A corte considerou que o ex-procurador deixou o órgão para encerrar um processo administrativo, que poderia torná-lo ficha suja. Em setembro, ele trocou o Podemos pelo Novo e disse que pode ser pré-candidato à prefeitura de Curitiba.